Acusado de ser o mentor do assassinato de Cabo muda de endereço

Acusado de ser o mentor do assassinato de Cabo muda de endereço

O juiz de direito da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antônio Reis de Jesus Nolleto, autorizou a mudança de endereço do servidor da Infraero Leonardo Ferreira Lima, de 43 anos, acusado de ser o mandante do assassinato do cabo Claudemir, cabo do BOPE, assassinado em dezembro de 2016 no momento em que saía da academia.

Leonardo que é servidor concursado da Infraero de Teresina, agora foi deslocado para o aeroporto de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, alegando risco de vida e necessidade de recomeço.

A mudança do local de trabalho concedida pela Infraero aconteceu no dia 17 de janeiro deste ano, mas a transferência só foi encaminhada para o poder judiciário no dia 24 de janeiro, sem aviso prévio, o Ministério Público pediu a revogação de sua liberdade.

O promotor de Justiça Regis Marinho requeriu que o Juiz Antônio Noleto, da 1ª Vara Popular do Tribunal do Júri, decretasse a prisão preventiva do acusado alegando que houve a mudança de endereço sem a comunicação do juiz, isso revela que o réu tem intenção de sair da aplicação da lei penal.

De acordo com o advogado Nazareno The, o acusado tem total liberdade de ir e vir. “A Infraero não autorizou, a Infraero consumou e fez a transferência dele, ele é funcionário e foi transferido. Não tem nada a ver com risco de vida, não tem nenhuma recomendação de ele ficar aqui ou em outro lugar, ele vai para onde ele quiser, ele é tão livre como qualquer outra pessoa. Existe uma imputação muito pesada sob os ombros dele, que é de ter participado de um homicídio, mas existe a presunção de inocência. Tanto faz ele ter sido transferido ou não, ele é um homem livre, ele não se ausentou sem comunicar, ele comunicou a mudança, eu se fosse ele também sairia daqui”, disse o advogado.

Segundo o promotor Regis Marinho, o Ministério Público vai recorrer da decisão. “Pretendemos recorrer de mais essa decisão porque foi a partir de um fato novo que foi a transferência da Infraero daqui para de Campo Grande que nós pedimos um decreto de prisão preventiva contra esse acusado, diante da negativa do juiz nós vamos planejar um novo recurso para o Tribunal de Justiça de imediato. Foi um crime muito grave, de características bárbaras que fazem com que ele seus mandantes e executores devem ficar presos. Um dos grandes pontos da violência é o sentimento de impunidade, então temos que mudar contra isso diuturnamente, é o que estou fazendo neste processo, recorri da primeira soltura e recorrerei agora novamente”, afirmou.

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