"Sou um cara bom, trabalhador". A afirmação nem parece ser de Ronaldo, um assaltante que recebeu o apelido de "Terror de Altos" por moradores do município piauiense, embora essa não seja a única cidade que o acusado praticou crimes, como ele próprio afirmou: "Foi em vários lugares: Altos, Campo Maior..."
Quando foi preso "só" pelo crime "55 simples", como o próprio designou [em uma referência ao crime de assalto e furto], ele afirmou que "estava apenas rezando" e que as algemas "seriam presentes do doutor Roberto Carlos".
"Eu não ando armado. Não sou um cara ruim. Minha besteira [praticar crimes] é só quando bebo [álcool]. Só faço isso por causa da fraqueza da cachaça", tentou se justificar.
Índio, como também é conhecido, tentou mostrar que é "um cara trabalhador". "Não tenho tatuagem. Isso [os crimes] só acontece quando extrapolo na bebida. Nem planejo os assaltos. Faço mesmo na loucura", contou.
Por fim, Ronaldo mostrou acreditar em um futuro melhor. "A casa caiu, agora é rezar para sair de lá [presídio] vivo para eu conseguir trabalhar", disse.
*Com reportagem de Pádua Araújo e texto de Kaio Oliveira