Tremor pode ter acelerado deteriorização de prédio que desabou

Tremor pode ter acelerado deteriorização de prédio que desabou

Após o desabamento de um casarão antigo no centro de Teresina na última quarta-feira (11), a população que frequenta a região ficou em alerta em relação ao risco de outros edifícios virem a desabar. 

De acordo com o presidente do CREA-PI, Paulo Roberto Ferreira, é preciso que as pessoas estejam atentas à preservação dessas construções. Segundo ele, há risco de desabamentos em cidades como Floriano e Parnaíba.

"É a nossa historia que está indo embora. A preocupação é grande porque temos a necessidade de saber como estão os nosso prédios, não é só em Teresina, você vai para Floriano está do mesmo jeito, em Parnaíba está do mesmo jeito, são cidades históricas e nós temos que preservar o nosso patrimônio”, afirmou o presidente do Crea-PI. 

Já o superintendente da SDU Centro/Norte, João José Braga, a Prefeitura de Teresina não tem gerência sobre esses prédios, que são particulares. Segundo ele, os casos onde há risco, a prefeitura isola a área afim de evitar acidentes.

"Esses prédios, principalmente os mais antigos, nós sempre alertamos os proprietários, especialmente neste período invernoso, para que cada um proceda a manutenção de seu imóvel. A Prefeitura não tem gerencia na parte interna desses prédios. A gente não pode utilizar um recurso público em uma reforma de uma área privada, o que a gente faz e a notificação nos casos onde há um eminente risco de desabamento do imóvel, bem como isolar a área para evitar acidentes”, afirmou o superintendente.

De acordo com o major Veloso, do Corpo do Bombeiros, diante dos riscos, o Piauí ainda registra poucos acidentes do tipo. O militar ressalta que, nesses casos, o poder público tem ação limitada. 

"Considerando as possibilidades, na nossa avaliação, são poucos os acidentes desse tipo aqui no nosso estado. A responsabilidade é direta do proprietário, o poder público tem uma atuação limitada”, disse. 

Ainda de acordo com o major, ainda não dá para relacionar o desabamento ocorrido ontem com o abalo sísmico registrado em Teresina na semana passada. No entanto, segundo ele, o tremor pode ter adiantado algum processo de deteriorização do prédio. 

"Não da para a gente fazer uma relação direta com essa situação, uma vez que um desabamento desse quando vem a acontecer é resultado de uma série de fatores que se alinharam e vieram a provocar esse acidente, é possível que o tremor tenha acelerado algum processo que vinha acontecendo lá no prédio, uma desagregação ou falta de manutenção”, afirmou. 

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