José Ricardo da Silva Neto, 22 anos, indiciado pelo assassinato da namorada, a estudante Iarla Barbosa, e por ferir a irmã e amiga da vítima, no dia 19 de junho na Av. Nossa Senhora de Fátima, na zona Leste da Capital, perdeu a patente de tenente do Exército e será encaminhado para o sistema prisional. A transferência já foi solicitada.
O promotor de Justiça, Ubiraci Rocha, afirma que José Ricardo ficará sob custódia do Exército até o próximo dia 05. “Nós recebemos um comunicado do Exército essa semana no sentido de que houve uma revogação da permanência do tenente das fileiras da instituição. Então até o dia 05 deste mês ele ainda estará sob custódia do 2° BEC e a partir daí, como já foi decidido pelo Exército e já há uma decisão da justiça local para que ele seja encaminhado para o sistema prisional. Certamente ele irá ou para Casa de Custódia ou Penitenciária de Altos, onde permanecerá à disposição da justiça”, afirmou.
Conforme o promotor, A 14ª Promotoria de Justiça, do Núcleo do Tribunal do Júri, ofereceu denúncia contra o tenente por homicídio consumado triplamente qualificado e por duplo homicídio tentado qualificado.
“O Ministério Público Estadual denunciou o tenente por homicídio qualificado, com motivação fútil que impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio, que é o centro da nossa denúncia. Em relação as demais vítimas que não foram a óbito, felizmente, ele responde por homicídio duplamente qualificado, porque houve impossibilidade de defesa e também pela qualificadora do feminicídio”, acrescentou.
Segundo Ubiraci, a pena a ser estabelecida pela justiça deve ser 'pesada'. “Quando for submetido a julgamento, como se trata de concurso material, haverá uma somatória se condenado for, uma somatória para todas essas penas para se chegar a sentença final. E certamente será uma pena extremamente pesada”, explicou.
“Ele deve ir a júri popular por ter cometido um homicídio triplamente qualificado e dois duplamente qualificado. Eu não tenho nenhuma dúvida de que ele será submetido ao júri popular. Esse ano é possível fazer a instrução do processo, porque é a fase de colheita de provas, oitivas de testemunhas e pode haver recursos por parte da defesa. A primeira parte, entretanto, será concluída até o final do ano”, finalizou.