Os dois pronunciamentos feitos pelo presidente Michel Temer mostraram que o mesmo não quer renunciar. A expressão mais falada em Brasília é: "Esperar". A correspondente da Rede Meio Norte na capital federal, Samantha Cavalca, informou que não existem reuniões marcadas do presidente com sua base política. Existem sim, reuniões permanentes e que a base aliada estaria dando pressão para a renúncia do presidente.
As informações dão conta de que os partidos aconselham o presidente a renunciar e se caso haja eleição indireta, eles cuidam das articulações de interesse do mesmo. Caso Michel Temer venha a cair, alguns nomes já surgem para uma possível eleição indireta. Nomes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Henrique Meirelles, ministro do STF Gilmar Mendes, ministra Carmem Lúcia, Tasso Jereissati e Rodrigo Maia.
Sobre a cassação da chapa Dilma-Temer, já existe uma expectativa para novo adiamento. Os advogados trabalham com essa hipótese. Caso seja adiado o julgamento, a nova data seria definida de 6 a 8 meses.
A repórter também contou em primeira mão no Jornal Agora, que conversando com investigadores, eles dizem que estão calmos em relação às acusações da defesa de Temer, que tentam questionar a veracidade e credibilidade dos áudios da JBS. Os investigadores também passaram que eles estão querendo saber com profundidade, detalhes dos encontros (que eles chamam de clandestinos" de Temer no Palácio do Jaburu). "Se for necessário, a gente pode convocar a Primeira Dama Marcela Temer, afinal ela é moradora do Jaburu também. Vamos a fundo", relatou um dos investigadores.
"Chamou a atenção o que foi exposto de acordo com os investigadores. Sempre ocorreu de os presidentes possuírem o hábito de se reunirem no Palácio do Jaburu e não ser informado na agenda oficial. Os encontros eram no porão da casa de Temer e os investigadores vão querer tirar todas as informações necessárias desses encontros extra-oficiais e não está descartada a convocação de Marcela para depor", informou Samantha.