Uma sexta-feira difícil para quem depende do transporte público na capital piauiense. De acordo com o SETUT - Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina, a frota de ônibus foi reduzida em 70%. Usuários relatam que em alguns bairros a espera pelos veículos coletivos é de até até 1hora.
Visando evitar um problema maior, o SETUT informa que decidiu pela redução da frota fora do horário de pico, entre 09h e 11h da manhã e 14h e 16h com redução de 30%. Já das 19h até a meia-noite a redução pode chegar até 70%.
O coordenador de Operações do SETUT, Vinícius Rufino, explica que a redução será feita até ocorrer normalização no fornecimento de combustível, interrompido pela greve que ainda não terminou.
“Há uma tentativa de resolução por parte do governo federal, que a gente está acompanhando, mas que a gente sabe que ainda não houve uma adesão plena, nós ainda não tivemos um retorno ao fornecimento normal. Então enquanto houver essa crise, a redução vai continuar vigente e a medida que o fornecimento for normalizando, a operação das linhas vai se formalizando também”, afirmou.
Usuários reclamam da demora. “Eu percebi sim, inclusive estou há meia hora esperando, mas nada do meu ônibus passar”, disse uma usuária. “A gente passa quase uma hora parada no local, ou seja, estou quase há uma hora esperando e até agora nada”, disse outra.
“A gente fica 40 minutos em uma parada esperando um ônibus aparecer”, relatou uma senhora.
O transtorno é reflexo da greve dos caminhoneiros que chega ao 5º dia consecutivo hoje. O óleo diesel, usado pelos ônibus, não consegue chegar até a garagem das empresas. O estoque do produto estaria quase no fim.
Ao todo, a capital conta com 11 empresas de ônibus, sendo 440 veículos em circulação. A retirada ou diminuição provoca diversos transtornos.
Ainda segundo o coordenador de Operações do SETUT, a diminuição foi pensada para ‘garantir a continuidade do serviço’.
“A decisão da retirada foi exatamente para garantir que o usuário tenha essa continuidade no atendimento. Então se fez necessário uma redução em determinados horários, redução de operação para que não se chegue a um colapso de se parar o sistema por falta de combustível”, afirmou.