A Secretaria de Segurança Pública e a Delegacia Geral da Polícia Civil do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado - Greco e da Diretoria de Inteligência da SSP/PI, desencadearam a Operação Tríade Paulista. Até o momento já se encontram presas 15 pessoas, nos Estados do Piauí, Maranhão e São Paulo.
Em entrevista coletiva no início da tarde desta sexta-feira, a Polícia Civil informou que foram recuperados R$ 500 mil dos R$ 15 milhões roubados da Empresa de Segurança Servi-San, em dezembro de 2016.
O secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu, explicou como ocorreram as ações que resultaram na prisão da Organização Criminosa que realizava os crimes de extorsão mediante sequestro,
“Gostaria de, antes de tudo, parabenizar os policiais civis e militares que participaram desta operação que teve início do decorrer dos acontecimentos. Primeiro a do caixa eletrônico do aeroporto e tivemos o caso da Servi-San, que teve o maior número de envolvidos. Durante a investigação do assalto da Servi-San, chegou-se informações, realmente confirmadas, de que, aqueles que fizeram roubos no aeroporto e na Procuradoria, também tinham ligações com esse assalto milionário. Após isso, montamos os mandados de prisão e que foram cumpridos com apoio da polícia de São Paulo, onde 8 foram presos”, afirmou.
Segundo o secretário, o planejamento do crime partiu a partir de uma ligação entre dois irmãos paulistas, sendo que um havia sido preso aqui no Piauí e o outro residia na capital paulista. Os dois entraram em contato com o ex-funcionário da empresa, servidor público Feliciano Mendes Sousa Filho, que confessou em depoimento na sede da Secretaria de Segurança Pública, que receberia R$ 200 mil por participação do roubo.
“O indivíduo de nome Acácio, ele veio para o Piauí para fazer alguma ação delituosa, onde foi preso, saiu e passou a residir aqui. O irmão dele, que já participava do mundo do crime em São Paulo, eles começaram a trazer essa quadrilha aqui para o estado do Piauí e passaram a praticar crimes. No caso da Servi-San, eles procuraram pessoas com cargos importantes para conseguir informações para cometer o assalto”, acrescentou.
O delegado Carlos César, coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), da Polícia Civil, explica que foram recuperados R$ 500 mil dos R$ 15 milhões levados. Segundo ele, haverá recuperação de uma quantia maior após bloqueio de contas.
“Esse tempo de investigação, que são quatro meses, dificultaram em muito a recuperação de quantias que foram subtraídas, mas a investigação demonstrou também que a namorada de um deles, seis dias após o roubo ocorrido em dezembro, provavelmente após a quantia chegar em São Paulo, essa namorada foi presa após denúncia. A polícia chegou em uma casa, onde foram encontrados munição de fuzil, vários rádios comunicadores, e uma quantia próxima de R$ 500 mil. Esse dinheiro está apreendido”, informou.
O delegado Riedel Batista, delegado geral da Polícia Civil, explica que poderá ocorrer novas prisões. “Os interrogatórios, as investigações mostram que vamos identificar outros elementos intermediários e de base, mas o importante é que os principais, os 'cabeças', que organização e que tiraram o dinheiro da empresa, foram presos. Portanto, nós, com o apoio da polícia de São Paulo, conseguimos quebrar a corrente dessa quadrilha. Nós, com toda certeza, ficaremos com mais tranquilidade com esses elementos presos e novas ações vão ocorrer aqui no Piauí”, disse.