Nesta segunda-feira (12), a senadora Regina Sousa (PT) esteve no Jornal Agora para falar sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que absolveu a chapa Dilma-Temer na última sexta-feira (09). A senadora defende a saída do presidente Michel Temer e a realização de eleições diretas para a escolha de um novo presidente.
De acordo com a parlamentar, o judiciário foi parcial ao decidir pela manutenção de Michel Temer no governo e ressaltou que a participação do presidente do TSE, Gilmar Mendes, no julgamento foi totalmente partidária.
"A leitura que a gente faz, independente da Dilma ter tido os direitos garantidos, o mais importante ela perdeu, que foi um mandato legitimo, é que cada vez mais o judiciário está julgando conforme o reú e não conforme o crime, porque esse mesmo TSE já tinha antes colocado a possibilidade de separar a chapa, porque a operação salva Temer vem de muito tempo. Então, na verdade, foi um julgamento muito parcial, a postura do Tribunal, principalmente do seu presidente, foi partidária”, disse.
Regina Sousa ainda afirmou que o Partido dos Trabalhadores continuará defendendo eleições diretas para a Presidência da Republica, já que, segundo ela, um presidente eleito teria respaldo da população.
"Nós continuamos pela pressão por eleições gerais, o Temer não tem a menor condição de governar. Ele tem o apoio do Congresso, que é representado pelo mercado e, enquanto ele fizer o que o mercado manda, o mercado estará com ele.
Só a questão popular pode mudar isso. Mudança constitucional já se fez em 15 dias no Congresso, então se tivessem vontade… Um presidente eleito vai ter as mesmas dificuldades, mas, vai estar com o respaldo popular, esse que está aí não vai ter trégua”, afirmou.