Nesta segunda-feira (24), o secretário de Planejamento de Teresina, Washington Bonfim, esteve no Jornal Agora onde comentou o ranking feito pela Consultoria Macroplan e divulgado pela Revista Exame, em que a capital piauiense aparece entre as piores capitais para se viver no Brasil. O índice da revista levou em consideração quatro aspectos específicos para formular a nota geral das capitais, são eles: educação, saúde, sustentabilidade e segurança.
Na educação, Teresina permaneceu com o mesmo índice do último levantamento, realizado em 2005, ocupando 42ª colocação. Já no ranking geral, a capital piauiense caiu da 69ª posição para a 74ª. De acordo com Washington Bonfim, o resultado da capital se deu por conta dos resultados do ensino médio que, segundo ele, tem sido um gargalo em todo o país.
"No caso da educação, você tem um setor forte, que é o particular, você tem um setor que está andando bem, que é setor da educação fundamental, que é uma obrigação da Prefeitura, e tem se dado passos no ensino médio nos últimos anos, mas, para todo o Brasil o ensino médio ainda é um grande gargalo. De maneira geral, a gente ainda tem muitos adolescente em idade escola fora da escola ou com um desempenho muito fraco”, afirmou.
No que diz respeito à Saúde, Teresina ocupa atualmente a posição número 66 do ranking. No último levantamento a capital estava na 59ª posição. Segundo o secretário, o resultado se dá devido a sobrecarga do Hospital de Urgências de Teresina, que atende casos de todo o estado.
"Teresina recebe um ônus muito grande na questão da saúde, ela é basicamente a cidade que cuida da saúde do restante do estado, haja vista que tem o maior hospital público, que é o HUT. Essa é uma área que a gente precisa redesenhar, inclusive a questão do financiamento. Precisamos rediscutir essa questão da municipalização e das responsabilidades”, afirmou.
Na área da infraestrutura, o baixo índice de saneamento básico da capital piauiense foi decisivo para que a cidade caísse da 74ª posição para a 95ª. "Esse caso da sustentabilidade tem relação com o problema mais grave que temos hoje, que é o problema da ausência de esgotamento sanitário, que diretamente a Prefeitura fez um investimento no Lagoas do Norte e vai continuar fazendo, mas, é uma área muito especifica da cidade, que não ajuda no geral a aumentar os índices”, explicou o secretário.
Por fim, na área da Segurança Teresina teve a maior queda, da 62ª posição para a 95ª, e, de acordo com o secretário, o ano de 2014 foi o grande responsável pelo resultado negativo, tendo em vista que foi o ano mais violento em termos de homicídios da historia recente da capital do Piauí.
"Se você olhar as séries históricas de crimes na capital, nosso pior ano foi justamente o ano de 2014. Certamente isso tem um impacto muito grande e de lá para cá você vem tentando diminuir esses índices, a Secretaria de Seguranca acabou de divulgar índices desse primeiro trimestre de 2017, mas essas melhoras só vão ser vistas, se persistirem, no próximo índice, daqui a 10 anos. A Guarda Municipal tem um foco muito comunitário e ela tem ajudado, por exemplo, no Lagoas do Norte, onde tem sido um elemento importante na revitalização do parque, uma vez que leva segurança para aqueles que querem usufruir do parque, mas, a Guarda não está necessariamente voltada para essa questão dos crimes violentos, que o principal elemento levado em conta no índice", afirmou.
Luiz Carlos Jr.