A correspondente da Rede Meio Norte em Brasília, Samantha Cavalca, informa que houve bastante movimentação na capital federal nesta terça-feira (29), nono dia da greve dos caminhoneiros. A jornalista informa que as regularização dos combustíveis em Brasília ocorre aos poucos.
No setor dos Inflamáveis, onde ficam os depósitos de combustíveis, vários caminhões tanques fizeram abastecimento na segunda leva, já que mais cedo houve a primeira leva. Os caminhões estão abastecendo postos da capital e cidades satélite.
Conforme apurado por Samantha Cavalca, a regularização ocorre de forma gradativa; há relatos de longas filas em postos. A alta no preço da gasolina durante a greve também causa transtornos. Em Brasília, há locais onde o litro da gasolina custa R$ 5,25 e nas cidades satélite o preço varia de R$ 5,25 a $ 5,30.
O preço do botijão de gás de cozinha em algumas cidades satélite está custando entre R$ 250 e R$ 300. Por isso, o Governo Federal está concentrando em ações para tentar manter a normalização.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, durante coletiva para a imprensa, disse que houve um mal entendido durante seu discurso ontem. Como mostrado no Jogo do Poder da Rede Meio Norte ontem, o ministro disse [teria dito] que iria tirar essa compensação para atender as reivindicações dos caminhoneiros do aumento de tributos, aumento de impostos. A reação após a fala do ministro foi imediata.
Segundo Samantha, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que não aprovaria, não iria pautar nada, nenhum projeto sobre aumento de tributos.
O ministro esteve no Palácio do Planalto e participou de audiência pública. E hoje na coletiva, o ministro afirmou que não falou nada sobre aumento de imposto, referindo-se ao que clamou de mal interpretação.
Questionado sobre como irá ocorrer a compensação da Petrobras sem interferir na meta fiscal, o ministro disse que está fazendo muitos cálculos. Adiantou que de inicio haverá a questão da oneração de alguns setores. O ministro citou que alguns setores foram beneficiados com tributos que foram cortados para incentivar o bom andamento da economia, e, segundo ele, isso pode ser revisto.
O ministro citou ainda que há projeto no Senado pedindo a reoneração de alguns setores. Isso seria uma tentativa de não aumentar o rombo fiscal do Brasil, segundo o ministro.