Relatório final do caso de Castelo do Piauí deverá ser encaminhado a justiça até amanhã

Relatório final do caso de Castelo do Piauí deverá ser encaminhado a justiça até amanhã

A equipe de investigação do caso de estupro de quatro jovens em Castelo do Piauí, permanece em busca de solução. Segundo a delegada Tânia Miranda, delegada de feminicídio, os culpados pelo caso que chocou o Piauí, responderão pelo que cometeram.

“Todos os que estão envolvidos nesse caso responderão também pelo crime de associação criminosa. O caso continua sendo acompanhado e eu acredito que até amanhã vamos remeter a justiça. Estamos reunindo toda a documentação aqui no HUT, vamos juntar com laudos do IML (Instituto Médico Legal) e os delegados responsáveis vão se reunir e avaliar se poderemos confeccionar o relatório final ou se haverá ainda necessidade de uma outra diligência. Vamos agilizar tudo isso até porque o Promotor está nos cobrando, os prazos em relação aos menores de idade sua bem pequenos, são cerca de 45 dias, para ser julgado”, disse Tânia Miranda.

A morte da jovem Danielly Rodrigues agrava ainda mais a situação dos acusados que agora responderão pelo crime de homicídio.

No velório, familiares da jovem sofrem bastante. A mãe esteve sempre acompanhado a filha no HUT, durante os dias em que esteve internada. Sua dor foi compartilhada por toda a população de Castelo do Piauí, cidade que nunca mais será a mesma depois do dia 27 de maio. Das jovens violentadas por quatro menores de idade e um adulto de 42 anos, uma já teve alta, duas permanecem internada e Daniele, de 17 anos idade, faleceu na tarde deste domingo.

O corpo de Danielly foi velado na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Desterro, onde foi batizada e fez Primeira Eucaristia, em Castelo do Piauí, e reuniu milhares de pessoas que foram prestar solidariedade à família da vítima.

“Estamos muito tristes, estou revoltada, até me sinto envergonhada de morar em Castelo. Eu não sou da família dela, mas todos nós estamos sofrendo muito”, disse uma moradora de Castelo do Piauí.

Algumas amiga de Danielly não tiveram coragem de olhar para o rosto da jovem, que ficou desfigurado por tamanha violência. Elas preferiram guardar a lembrança da jovem sorridente que todos conheciam.

 “Ela era muito carinhosa, muito meiga e não tinha coragem de fazer maldade com ninguém, ela era muito amiga, companheira e o rosto dela ficou irreconhecível. Quem conhece ela sabe como ela era”, disse Mikaele, amiga da vítima.

Danielly Rodrigues sonhava em ser médica e segundo um de seus professores ela era uma jovem bastante interessada. Além de mestre, é pai da melhor amiga de Daniele.

“Ela era interessada, estudiosa e era muito amiga da minha filha. Uma jovem, como as outras três, muito interessada”, disse o professor de Danielly Rodrigues.

Tópicos
SEÇÕES