A deputada Rejane Dias voltou a Câmara dos Deputados para votar contra o impeachment e concedeu entrevista para a repórter Samanta Cavalca direto de Brasília.
''O momento em que o Brasil vive é um momento muito delicado e consequentemente afeta a economia e quando afeta a economia afeta todos os brasileiros. É normal que todos os partidos procurem trazer seus deputados para cá e no meu caso a direção do Partido dos Trabalhadores solicitou que eu pudesse voltar no sentido de organizar a base para esses três dias que serão realmente decisivos para o Brasil''
''Não é justo o que estão fazendo com a presidente Dilma e estou confiante que a gente vai conseguir superar e ter os votos necessários para que o impeachment realmente não passe'', disse Rejane.
''A história não vai perdoar aqueles que tirarem uma presidenta porque não há uma comprovação de crime de responsabilidade. A Constituição diz que no caso como esse só é possível um impeachment aqui na Câmara se realmente tiver uma forma de comprovar crime de responsabilidade que no caso de Dilma não foi comprovado nada disso''.
A parlamentar classificou o pedido de impeachment como golpe pois não há crime de responsabilidade.
''Estamos aqui no sentido de conversar com os parlamentares da bancada no sentido de buscar mais apoio e buscar mais voto para que realmente o golpe não passe'', disse.
Rejane afirmou ainda que Dilma é uma grande parceira do governo do Piauí e lembrou que a presidente foi eleita no Piauí com mais de 90% dos votos.
''O Piauí será grandemente prejudicado com o afastamento de Dilma', completou a secretária.
A deputada reforçou ainda que a oposição ainda não atingiu a votação necessária para que o 'golpe' passe. ''Tem deputados que ainda estão indecisos e nós vamos buscar conversar com esses parlamentares. É uma situação complexa, mas não impossível''.
Sobre o áudio do vice-presidente Michel Temer vazado no Whatsapp, ela afirmou: 'É lamentável que já estejam contando com a vitória. Tem uma turma do quanto pior, melhor'
A deputada falou também sobre a aprovação do empréstimo junto ao Banco Mundial em torno de R$ 1 bilhão já anunciado pelo governador Wellington Dias. ''Tem uma parte que vai para a educação e queremos aumentar as escolas de tempo integral, profissionalizantes e principalmente investir na melhoria das nossas escolas''.
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