O Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Carlos Augusto esteve no Programa Agora e comentou o caso do policial morto na Avenida Gil Martins, no início da tarde da última segunda-feira, 23.
“Primeiro queremos externar aqui nosso sentimento por essa situação. Essa pessoa que matou o policial ontem, tem sete mandados de prisão em aberto e matou um policial que saiu de sua casa para proteger a sociedade”, disse Carlos Augusto.
O policial lamenta o número de homicídios contra policiais na ativa e na reserva. “Reconhecemos que essa nossa profissão é de risco, mas estamos muito tristes pela morte desse excelente profissional”, acrescentou.
O velório do Cabo aconteceu na paróquia de São Sebastião. A revolta dos pais ficou nítida. “Quer dizer que o cidadão não tem direito e o bandido tem?”, disse o pai. Vídeo com o momento do socorro foi divulgado nesta terça-feira.
Nos últimos dois anos, 10 policiais militares foram mortos no Piauí. O sindicato da categoria luta para que crimes dessa natureza sejam caracterizados como crime hediondo, com pena máxima. O Coronel Carlos Augusto concorda com a aprovação desse termo. “O Estado tem que preservar seus agentes e eu concordo plenamente com a luta do sindicato. Em outros países matar um agente público já é considerado crime hediondo e queremos que os policiais militares daqui sejam protegidos também”, afirmou o comandante geral da polícia militar.
Entenda o caso
O cabo Erivan Mesquita Silva, 38 anos, do Batalhão de Guarda da Policia Militar, que atuava no Tribunal de Justiça do Piauí, foi assassinado com três tiros no tórax, no cruzamento das Avenidas Barão de Gurgueia com a Gil Martins.
O capitão Mota, das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), afirmou que o cabo Mesquita chegou a ser socorrido e levado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo ele, um dos assaltantes foi preso. Já o cabo Luís, da 2ª Companhia do Promorar, informou que o cabo Mesquita estava sendo perseguido por dois assaltantes que queriam roubar sua arma.
Uma testemunha do assassinato, que teve seu nome preservado, disse que ia na Avenida Gil Martins e viu o policial sangrando do lado esquerdo do tórax e depois os bandidos atiraram no parabrisa dianteiro do carro dela. A bala atravessou e se alojou no banco traseiro. “Eles apontaram a arma e eu deitei a cabeça como se tivesse caindo do lado da porta e foi isso que me salvou. Nasci de novo”, declarou, ainda muito abalada e contando aos policiais como foi o crime.
Um dos acusados foi detido no condomínio Dom Avelar, no bairro Tabuleta, na zona Sul de Teresina, onde aconteceu o crime. Cerca de 50 policiais estão no local, com suas viaturas, para tentar prender o outro envolvido no crime.
Segundo o cabo Luis, os assaltantes queriam roubar a arma da vítima. O cabo mesquita estava em uma motocicleta da PM. “Ele estava trabalhando”, acrescentou o capitão Mota.
O acusado de assassinar o cabo Mesquita foi transferido para a Central de Flagrantes e confessou que seu companheiro de crime, chamado Gordinho, foi quem atirou no Policial Militar. Agora a Rone está saindo em diligencia para prender o acusado.