O comandante Gregório, com 26 anos de aviação, falou durante o programa Agora, da Rede Meio Norte, sobre a tragédia que vitimou as cinco pessoas no município de Balsas, no Maranhão, com a queda do avião monomotor. Ele afirmou que ficou chocado e bastante enlutado.
Durante a entrevista ele afirmou acreditar que os mesmos motivos que tenham provocado o acidente deste final de semana e o acidente anterior que vitimou os alunos no Aeroporto de Teresina, ocorrido em dezembro de 2013. Ele fala também sobre a razão dos aeroportos estarem cercados de residências.
“Pelo conhecimento que acumulamos, nos habilita a dizer que os mesmos motivos que causaram o acidente com os alunos pode ter sido a causa deste acidente. Com certeza, ele perdeu o motor. Os aeroportos quando são construídos, são construídos fora da zona urbana, o crescimento da população as residências se aproximam do aeroporto, a exemplo do nosso aeroporto que foi abraçado pelas residências. Esse aeroporto onde houve esse acidente, fica em meio à cidade. No entanto, a cidade abraçou o aeroporto. Nesse caso, o piloto estava em uma avião monomotor com lotação completa, ele deve ter perdido o motor num momento muito crítico, talvez pouco depois de levantar voo. Existem estudos que comprovam que 70% dos acidentes acontecem em torno dos aeroportos. A situação da família, ela teve prejuízos materiais e com certeza e deverá recorrer na Justiça pelo ressarcimento por causa das perdas.”
O melhoramento das pistas é colocado pelo comandante como um pré-requisito de segurança. “É um quesito muito importante. Nos últimos governos existiu um empenho em melhorar as pistas. O aeroporto de Floriano é um exemplo, foi reformado e recapeada a pista à espera que a Anac faça a homologação.”
Quando há ocorrências do gênero, uma reflexão, segundo ele, é feita tanto pela sociedade quanto pelos profissionais em voo. “Sempre que acontece um acidente deste porte, com vítimas fatais, existe uma tendência muito grande de chocar a sociedade, e para nós que voamos existe uma tendência de nos ligarmos à segurança de voo e se questiona se estamos preparados para voar.”
Por fim, ele afirma que dois pilares têm que andar juntos. “A segurança de voo está segura em dois pilares: a manutenção e a responsabilidade do Piloto. Esses dois itens precisam andar juntos.”
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