O delegado Denúbion Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa - DHPP, já iniciou investigação acerca dos assassinatos de Francisco Wellington da Silva Sousa, de 20 anos e Antônio Francisco Sousa Filho, de 22 anos, executados a tiros no bairro Promorar, na zona Sul de Teresina, na madrugada desta segunda-feira (21).
De acordo com informações do Departamento de Homicídio, o crime ocorreu na avenida principal do bairro Promorar, momento em que as vítimas estavam saindo de um pagode por volta de 02h30 em uma motocicleta, quando foram surpreendidos por dois criminosos em uma outra moto que efetuaram diversos disparos, atingido a cabeça e as costas de uma das vítimas.
“Rapidamente eu ouvi uns quatro disparos, e quando eu me levanto, eu ouço mais quatro disparos. Para mim, foi uma execução, porque foram tiros na cabeça, e tinha um dos rapazes que pegou um tiro nas costas. Por isso, pode se dizer que os tiros fatais foram mesmo na cabeça”, disse uma testemunha.
Somente o exame cadavérico irá apontar com quantos tiros as vítimas foram alvejadas. A Polícia Civil já sabe que a arma suada no crime era uma pistola de uso restrito da polícia. “Uma das armas pelo menos a gente pode afirmar nesse momento que o calibre se tratava de uma pistola ponto 40, já que estojos de calibre ponto 40 foram colhidos no local”, afirmou o delegado Denúbio Dias, responsável pelas investigações.
Os dois jovens moravam na Vila Santa Cruz, bastante conhecida pela disputa entre gangues. “Nos últimos anos tem ocorrido uma redução de crimes de homicídio na zona Sul relacionados a gangues. Mensalmente são feitas prisões de pessoas relacionadas com gangues, mas agora nesse momento não é possível afirmar se as mortes estão ou não relacionadas”, acrescentou o delegado.
Ainda chocados com os crimes, os familiares das vítimas atribuem os crimes à violência na região da zona Sul da Capital. “Pode se dizer que mataram na verdade uma criança, não foi negócio de bandido, não. Porque lá o papel deles [criminosos] é atirar em quem ver”, disse um familiar. “Deixar só nas mãos de Deus mesmo. Só Deus”, disse outra.