O procurador eleitoral Patrício Noé da Fonseca, do Tribunal Regional Eleitoral (TER-PI), em ação de fiscalização e no cumprimento da lei, flagrou propaganda irregular praticada por um homem de nome Thiago Junqueira, que fez adesivação inadequada no próprio carro. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o exato momento em que o procurador se apresenta para o infrator.
De acordo com o procurador, o vídeo foi editado. Ele informou que recebeu denúncia, fiscalizou e que o dono do veículo estava acompanhado de uma outra pessoa, que ostensivamente o filmava na tentativa de pressioná-lo.
Em áudio, o procurador Patrício Noé se pronunciou e respondeu ao acusado de corrupção, Thiago Junqueira, segundo o procurador.
Confira na íntegra!
“Foi basicamente o seguinte, esse carro, ele estava com adesivo irregular, além de não ter identificação do CNPJ da Gráfica, não ter o número da tiragem, não ter o número do candidato, que são exigências impostas pela legislação, estava no tamanho muito além do permitido. A lei permite adesivo no carro do tamanho de até meio metro quadrado, se você for ver a metragem desses adesivos aí, somando tudo, dá quase cinco metros quadrados, quem sabe até mais, entendeu? E aí nós já tinhamos um processo aberto em relação a esse carro e tudo, que ele anda pela cidade, e aí quando eu estava saindo do Grand Cru, aí é em frente ao Grand Cru. Eu estava almoçando no Grand Cru e, ao sair, me deparei com o carro, aí fui bater foto logo da placa para poder me certificar de que era realmente o carro que a gente estava investigando. Comecei a bater foto dos adesivos, quando dou fé chega o dono do carro mais um capanga que ficou atrás filmado e batendo foto, e me esculhambando já de longe, aí o cara foi lá me peitar, me desacatar e eu tive que reagir, me identificar. O cara falava “ministério Público de merda”, não sei o que, “por que não vai fiscalizar não sei aonde”. Aí eu tive que engrossar a voz para o cara poder me respeitar, aí o cara pegou o vídeo, editou o vídeo do jeito que quis, e lançou aí para tentar dizer que eu ando com ignorância com o povo. Mas aí, a minha atuação foi técnica, não cometi nenhum excesso. Quem está errado é ele, tanto é que a ação já está na Justiça há muito tempo, ele até já tirou os adesivos e trocou, porque ele sabe que está errado. O cara tem o rabo preso na justiça, ele responde, está envolvido em uma investigação da Polícia Civil num esquema de corrupção e vendas de licenças a ambientais na Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Foi preso o superintendente, vários funcionários da Semar e vários empresários, entre os quais esse rapaz que aparece na foto comigo, que é o mesmo da matéria, o Thiago Junqueira. Então não é peça boa. É vagabundo que fica se fazendo de eleitor de Bolsonaro para se esconder da Justiça, é o tipo de eleitor que o próprio Bolsonaro não aceitaria ter se ele soubesse e pudesse escolher. Então para mim não vale nada, não acarreta nada. Se valesse alguma coisa e no lugar de ele ficar fazendo fuxico e divulgando coisa em internet, ele já teria entrado com uma representação contra mim.