Delegados participaram de uma entrevista coletiva para falar sobre a prisão do chefe da quadrilha envolvida no caso do avião que caiu carregado de drogas, na zona rural do município de Assunção do Piauí, no último dia 10 de abril. O piloto, Antenor Pedreira, morreu após a queda da pequena aeronave.
O delegado Gustavo Jungu explica que já havia uma investigação sobre a existência de uma pista que seria utilizada pela aeronave que transportava drogas de outros países para o Nordeste.
“Quando nós tivemos acesso a essa informação, fomos até o local e já tínhamos investigação em andamento sobre a construção da pista, então fizemos mapeamento de onde poderíamos encontrar os suspeitos. De fato conseguimos fazer a devida abordagem e prender os envolvidos desa organização criminosa com a ajuda da policia militar do Ceará. Com eles encontramos produtos como bombas elétricas a própria droga encontrada próximo ao local, combustível, equipamentos eletrônicos, inúmeros telefones. Enfim, uma diversidade de material”, disse.
Os produtos apreendidos já foram entregues para a policia que utiliza os equipamentos no próprio trabalho de combate ao tráfico de drogas.
O delegado Matheus Zanatta diz que todos os presos possuem passagem pela polícia. Segundo ele, o chefe da quadrilha, Cléber dos Santos, chegou a ser presos, foi solto e capturado novamente dentro de um aeroporto, em Brasília.
“Seis pessoas foram presas e apenas o Alex não tinha passagem pela polícia. No entanto, Cléber do santos possuía várias passagens pela polícia pelo estado do Paraná; o Robson tinha passagem pelo estado de Minas Gerais; o Vagner passagens pelo estado de Roraima; Ronaldo pelo Ceará e Thiago pelo São Paulo. Thiago foi preso em 2013 com 100 kg de basta base. O piloto foi investigado em 1990, sendo que ele fazia parte da organização. Nessa operação, foram apreendidas 5 aeronaves”, explica.
A pista será destruída nas próximas semanas. No Ceará, aumentou essa modalidade usando aeronaves para transportar drogas. “Nós temos fortes indícios de que pode se tratar da mesma quadrilha criminosa. Aliás, todos os indícios ligam eles aos aviões aprendidos no Ceará. No entanto, ainda não tivemos acesso às informações. Claro que uma parceria pode esclarecer”, finaliza.