Na tarde de sábado, dia 07, um policial civil identificado como Amarildo Carlos de Oliveira e o irmão, Rafael de Oliveira Costa, causaram pânico no bairro Palmeirais, na zona Sul de Teresina. Os dois são acusados de tentativa de latrocínio [roubo seguido de morte] contra três pessoas identificadas como Antônia Suely dos Santos, Antônio Anderson de Araújo e Francisco Elisson Araújo
O corregedor da Polícia Civil do Piauí, delegado Adolfo Henrique, conta como tudo aconteceu. “Segundo relatos, o policial rendeu esse rapaz [Francisco Elisson] e o levou para porta de alguns familiares. Em seguida, ele [policial] pediu que a vítima desse anel, cordão, mas ele se negou a repassar. O policial, então, chegou a colar a arma no rosto desse rapaz e iniciou um disparo. O rapaz se esquivou e chegou a ficar com o rosto queimado. Os familiares, vendo essa situação, buscaram intervir, mas ele e o irmão também atiraram contra essas pessoas. Cada um, Amarildo e Rafael, portavam duas armas de fogo”, explicou.
Anderson, uma das vítimas, que é genro de Francisco, relata detalhes do crime. “Eles chegaram com o Francisco Elisson e eu estava deitado na rede, assistindo. Eu ouviu eles falarem: 'Tira o colar, vagabundo. Tira o colar e a aliança, vagabundo'. Quando eu olhei na porta, cada um atirou em contra mim", contou.
Antonia Suely, que também foi vítima, diz ter vivido momentos de terror. “Eu me desesperei. Ele me deu um tapa. Vi tudo isso, eles dois atirando com muito abuso. Eu estava desesperada atrás do meu filho”, disse.
Segundo o delegado, Amarildo tinha problemas com uso excessivo de álcool e uso de entorpecentes. Ele foi afastado por acusação de roubo, mas há 15 dias retornou aos quadros da polícia. “Policial com arma do Estado que deveria proteger, mas está assombrando a população. Ele não respeita nem as pessoas próximas a ele. Meu trabalho é expulsar ele da Polícia Civil”, acrescentou o delegado.
O delegado Geral de Polícia Civil do Piauí, Riedel Batista, explica que Amarildo já responde por quatro processos administrativos. “É um policial nosso que já tem mais de 15 anos de atuação e responde a quatro processos administrativos. Ele estava realmente afastado por responder por estes processos, mas a Justiça determinou o retorno dele”, afirmou.
Rafael foi preso pela polícia, mas Amarildo segue foragido.