Polícia vai investigar se há participação de gestores públicos

Polícia vai investigar se há participação de gestores públicos

Mais de 60 empresas que prestam serviço para prefeituras no Piauí são alvos da Operação "Escamoteamento", deflagrada nesta sexta-feira (07) e que cumpriu mandados de prisão e condução coercitiva de donos de empresas atuantes no Norte do estado do e empresas do Ceará que atuam nas cidades de Cocal, Buriti dos Lopes e outras.

Foram presos 13 empresários, todos do Ceará, 46 mandados de busca e apreensão executados, 36 condução coercitiva, incluindo a parente do prefeito Rubens Vieira, da cidade de Cocal, Auricélia, que recebeu até R$ 40 mil; o coordenador da Comissão de Licitação da Prefeitura, Jeffe, e do pregoeiro John Brenda.

De acordo com o coordenador da operação, promotor Rômulo Cordão, o esquema envolvia venda e fraude de licitação nas prefeituras de Cocal, Codó (MA), Barra do Corda (MA) e outras do interior do Ceará, Piauí

“São empresas que receberam R$ 17 milhões, R$ 30 milhões e não tinham essa capacidade operacional de trabalhar com uma quantidade tão grande de dinheiro. Foi solicitado a indisponibilidade no valor de R$ 18 milhões dos bens dessas empresas que estão envolvidas nesse esquema. Então, tanto foi decretado a indisponibilidade dos bens, como bloqueio das contas a fim de que esse total foi subtraído e será ressarcido”, afirmou.

A operação foi comandada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em parceria com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), TCU, CGU e TCE.

Segundo o promotor, a polícia agora investiga se há participação de gestores públicos no esquema criminoso. “Por enquanto não podemos dizer quantas prefeituras. A gente sabe que agiam em determinadas prefeituras, mas isso está sendo checado. O Ministério Público tem esse papel de investigar se há pessoas envolvidas com prerrogativa de foro naturalmente na instancia superior”, afirmou Rômulo.

Tópicos
SEÇÕES