Polícia combate pirataria e alunos afirmam que xerox é a única opção para ter acesso ao conteúdo acadêmico
Uma operação realizada pela Decotec (Delegacia especializada em crimes contra a ordem tributária econômica e relações de consumo) e a Secretaria de Fazenda visando combater a venda de apostilas destinadas a residentes do curso de Medicina resultou em duas prisões. Foram detidos Edmundo Vieira da Silva Júnior, de 41 anos e Adriano Batista Oliveira, de 32 anos. O material original custa 17 mil reais, mas era vendido a R$ 118.
A situação financeira dos acadêmicos é a principal alegação para que se recorra a xerox e copiadoras, para ter acesso ao material. Muitos professores chegam a recomendar a cópia de alguns textos.
“Como os livros são extremamente caros, a xerox é o único meio de termos acesso ao conteúdo”, disse Fernando Macêdo, acadêmico de Geografia da Universidade Federal do Piauí.
Os estudantes do curso de medicina, Brenda Irla e Carlos Alberto, reconhecem que do ponto de vista legal os direitos autorais devem ser preservados, mas afirmam que é praticamente inviável a compra de todos so livros durante o curso.
“O autor tem que receber os direitos autorais, mas a xerox é a única opção”, disse Brenda Irla.
Na Universidade Federal do Piauí, vários processos licitatórios estão em andamento a mais de três anos para permitir que proprietários de máquinas de xerox atuem no campus, eles são fiscalizados periodicamente.
Catarine Magalhães, ganhou uma licitação recentemente e defende o mercado no qual atua.
“Os livros sua realmente muito caros e alguns alunos não tem condições de comprar”, disse Catarine Magalhães.
Os livros não são apenas os únicos de pirataria. Vendedores afirmam que muitos produtos são caros demais por isso, a pirataria ainda se sustenta.