Já são dois dias de conflito entre taxistas e motoristas da Plataforma Uber em Teresina. Com registro de agressões, queixa em delegacia, assédio contra usuários e 10 veículos apreendidos pela Superintendência Municipal de Trânsito-Strans, aconteceu na manhã de hoje na Câmara dos Vereadores uma reunião para tratar da questão do transporte de passageiros na capital.
O diretor de operações e fiscalizações da Strans, coronel Jaime Oliveira, falou sobre a situação que se agrava a cada dia. “Hoje já existe um acirramento entre as duas categorias e a gente como agente público, que possui o dever de fiscalizar, teme até problemas mais graves”, afirmou.
O projeto, que definiu sobre clandestinidade e proibindo assim o Uber, passou fácil na legislatura anterior. Nesta legislação atual, no entanto, não existe questão fechada. Dois vereadores de um mesmo partido possuem posições radicalmente opostas.
O vereador Dudu, do Partido dos Trabalhadores, se diz contra a Plataforma. “O Uber é uma Plataforma arrogante, que quer impor a vontade dela aqui em Teresina e em detrimento das ordenações que existem no município. Então, eu defendo que volte de novo, o Uber tem que sair do salto alto dele, e vir para cá discutir uma regulamentação, porque sou contra o Uber, sou contra o taxista clandestino e o mototaxista clandestino”, disparou.
O vereador Deolino Moura, também do PT, se diz a favor da regularização. “Teresina deve voltar a discutir sobre esse assunto, tendo em vista que isso se tornou um problema. Eu, desde a votação da legislatura, alertava que precisamos chegar em um consenso para tornar possível a legalização, onde todos possam trabalhar e possa existir a concorrência. Eu acho que nós temos que sentar e voltar a discutir sobre o tema”, afirmou.