Justiça inicia julgamento de PMs acusados de matar criança

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Justiça marcou para esta terça-feira (10) os depoimentos dos dois policiais acusados de matar a menina Emily Caetano, durante uma abordagem na Zona Leste de Teresina. Esta audiência é a primeira fase de instrução, na qual será definida se os militares vão a júri popular.

Os dois policiais militares serão ouvidos no Fórum Criminal de Teresina. Além deles, a justiça vai ouvir os pais de Emily, as testemunhas de acusação e as de defesa.

Emilly foi assassinada com dois tiros nas costas durante uma abordagem de policiais do 5º Batalhão da Polícia Militar na noite de Natal. Os pais da menina também foram atingidos, mas sobreviveram. O pai perdeu a audição de um dos ouvidos. A garota chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu aos ferimentos. Depois de efetuar os disparos, os policiais recolheram as cápsulas de bala, tentando modificar a cena do crime.

Segundo o advogado da família, João Marcos Parente, os dois acusados devem ser submetidos ao Tribunal Popular do Júri. "Todo crime doloso contra a vida, a exemplo do homicídio da Emily, é de competência do Tribunal Popular do Júri", disse o advogado. 

Além disso, ele afirma que o procedimento é dividido em duas fases. "O procedimento é dividido em duas fases. A primeira fase feita por um juiz singular serve para verificar se as pessoas que estão sendo acusadas têm indícios de autoria, que as conectam às práticas dos fatos. Confirmado isso, o juiz submete os acusados à segunda fase, em que eles serão julgados pelo plenário", conclui.

O exame de microcomparação balística comprova que todos os disparos foram praticados pelo soldado Aldo Barbosa Dornel. Contudo, a primeira audiência irá verificar se o cabo Francisco Venício Alves também teria participado ou não do crime.

O soldado Aldo, apontado como autor dos tiros que mataram Emily, continua preso, ele foi denunciado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e fraude processual, por ter reconhecido as cápsulas. Já o cabo Francisco Vinícius está em liberdade e vai responder apenas pelo crime de fraude processual.

A família da menina Emilly Caetano entrou, mês passado, com pedido de indenização por danos morais e materiais ao estado. A petição foi encaminhada para o 2º Vara dos Feitos da Fazenda Pública e o valor da ação estipulado em cerca de R$ 5 milhões.



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