O juiz da 2ª Vara do Tribunal Popular do Juri, Carlos Amilton Bezerra, negou o pedido feito pela defesa do acusado de assassinar a estudante Camilla Abreu para que fosse realizado um processo de investigação sobre a sanidade mental do capitão da Polícia Militar, Alisson Watson, réu confesso na ação.
No pedido, a defesa argumentava que o acusado toma medicamentos controlados e tem acompanhamento psiquiátrico há muito tempo. No entanto, para o magistrado, neste momento não há nada que justifique a realização de um exame sobre a sanidade mental de Alisson Watson. Na decisão, o magistrado ainda destacou que não nenhum fato, em todo o processo de investigação do caso, que justifique que o acusado não tenha pleno conhecimento do que fez.
O caso
A estudante de direito Camilla Abreu foi assassinada com um tiro na cabeça pelo namorado em outubro de 2017 e teve seu corpo deixado em uma área de mata na zona rural de Teresina. Após todos os indícios apontarem o capitão PM Alisson Watson como principal suspeito do crime, o acusado confessou e indicou à polícia onde havia deixado a estudante.
No fim de fevereiro, aconteceu a primeira audiência de instrução do caso, oportunidade em que o acusado alegou sofrer de transtorno de personalidade. Na audiência, a estratégia da defesa do acusado visou desqualificar a vítima, fato que gerou revolta entre familiares e amigos da estudante.