Nesta sexta-feira (07), o presidente nacional do Sesi, João Henrique Sousa, esteve no Jornal Agora para falar sobre a sua intenção de ser candidato a governador do Piauí pelo PMDB, apesar da aliança que o partido fez recentemente com o PT visando as eleições de 2018. O ex-ministro afirmou que a aliança entre as siglas deve ser levada para análise na convenção do partido no ano que vem e destacou que pode deixar o partido para ser candidato.
João Henrique tem visitado as principais cidades piauienses para apresentar suas ideias e buscar apoio em torno de seu nome como candidato do PMDB ao governo do Piauí. De acordo com ele, as palestras têm sido muito bem recebidas nas cidades em que tem passado.
"Esse projeto que nós elaboramos, chamado Piauí em Movimento, é um projeto que vai desenvolver-se no ano de 2017 e que nós iremos estar nas 15 maiores cidades do estado, que reúnem 70% do eleitorado do Piauí. A partir de janeiro de 2018 nós começaremos a fazer todas as outras cidades até completarmos o estado inteiro. Tem sido um sucesso absoluto, nós iniciamos em janeiro em Piripiri com muita gente, fomos em fevereiro à cidade de Floriano e em março nós estivemos em Parnaíba e agora em abril estaremos na cidade de Oeiras, em maio já estamos programados para Bom Jesus e Corrente, é um trabalho que está sendo feito e nós temos observado uma repercussão muito forte”, disse.
Vice-presidente do PMDB no Piauí, o ex-ministro, não descartou a possibilidade de deixar o partido caso a aliança com o PT seja confirmada na convenção da sigla. No entanto, ele ressaltou que a decisão sobre a aliança só pode ser tomada na convenção.
“Isso (deixar o partido) seria a última das últimas hipóteses, eu vou pretender é ganhar a convenção porque, na realidade, quem decide quem é candidato a governador ou se vai fazer coligação ou deixar de fazer é a convenção. Então, eu vou levar o meu trabalho dentro do PMDB e eu vou até a convenção”, afirmou.
João Henrique ainda afirmou que não acredita que a aliança se confirme em 2018 e ressaltou que a aproximação com o governo Wellington Dias partiu dos deputados estaduais da sigla.
"Na realidade, o que houve até agora foi uma ida dos deputados estaduais, a exceção da deputada Juliana Falcão, que compuseram com o governo nesse momento, eu não sei o que vai acontecer, como as coisas vão andar, mas, continuo dizendo que acho difícil o PMDB estar em 2018 no palanque do PT”, disse.
Reforma política
Sobre a proposta de Reforma Política que tramita na Câmara Federal, João Henrique afirmou que não há tempo hábil para as discussões em torno da proposta. "Não acredito que seja aprovada, acho extremamente difícil, porque dentro da estrutura que se estar formatando não vejo tempo hábil para que haja uma discussão, essa é uma matéria que os interesses são os mais variados. Nesse instante essa reforma não cabe, mas, acho que em um determinado instante ela caberá porque países desenvolvidos utilizam” afirmou.