Após veiculação da notícia da colisão entre um metrô e trem em Teresina, que resultou em duas mortes, internautas se manifestaram na web com piadas preconceituosas. Em sites de notícias nacionais foram observados vários comentários preconceituosos com os nordestinos, em especial com os piauienses. Deputados e autoridades responsáveis estão movimentando ações para identificar os autores dos comentários, que caracterizam crime.
Defesa
O deputado federal Silas Freire (PR-PI) entrou com requerimento, na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga Crimes Cibernéticos, pedindo que a Polícia Federal identifique e investigue os internautas autores de comentários preconceituosos contra o Piauí.
As ofensas as quais o deputado Silas Freire se refere, tratam-se de comentários preconceituosos contra o Piauí, Teresina e a região Nordeste, no portal G1, da Rede Globo, em uma notícia sobre a colisão entre o metrô e um trem cargueiro ocorrida em Teresina na tarde desta quarta feira, 10. Entre os comentários, relatam que Teresina é insignificante e que o transporte deveria ser de jegue, entre outras declarações discriminatórias.
"Um show de preconceitos foi o que se viu nesses comentários. Nenhum desses palhaços que fizeram esses comentários vão diminuir o meu Estado. Eu não gostaria de nascer em nenhum outro estado que não fosse o Piauí, pois me orgulho de ser piauiense e do meu povo", declarou o deputado Silas Freire em tom de indignação.
No mesmo requerimento, o parlamentar piauiense pediu que seja oficiado ao portal G1 que explique a Comissão de Crimes Cibernéticos, quais os procedimentos utilizados para filtrar tais comentários. "A intenção desse esclarecimento é que esses internautas que comentem crime de discriminação e preconceito de procedência nacional parem de se valer do anonimato comum na internet", destaca Silas Freire e complementa: "Vamos coibir os ataques morais praticados por esses internautas, pois esses comentários corroboram com a onda de preconceito que se agravou após as eleições presidenciais de 2014", fala Silas.
"Nenhum nordestino aguenta mais ouvir ou ler que seu transporte popular é o jegue e a carroça ou que somos inferiores, pobres e burros", finaliza Silas Freire.