A atual situação sistema prisional piauiense tem sido uma preocupação constante no Estado, tendo em vista a superlotação dos presídios e as constantes fugas e rebeliões. Na busca de uma solução para o problema, Judiciário, sindicatos e Secretaria de Justiça têm discutido alternativas para suprir a demanda por vagas.
No último final de semana 12 detentos fugiram da Casa de Custódia de Teresina e em um ano mais de 150 já conseguiram escapar dos presídios piauienses.
De acordo com Juiz José Vidal, coordenador adjunto do Grupo de Monitoramento das Penitenciárias do Estado, a superlotação é fator preponderante para a ocorrência constante de fugas.
"O grande problema no Piauí, e no Brasil em geral, é a questão da superlotação. Nós temos hoje quase dois mil presos a mais do que a capacidade do sistema prisional. Isso é resultado do anseio sociedade por mais prisões, tendo em vista o aumento da criminalidade, mas, infelizmente o Estado não tem criado vagas e isso tem resultado na superlotação", destaca.
Atualmente, o sistema prisional piauiense tem cerca de 2 mil vagas ocupadas por mais de 4 mil detentos, o déficit é de 2 mil vagas.
De acordo com a Sejus, parte do déficit será suprido com a inauguração do Presídio de Campo Maior, cujas obras têm previsão de conclusão no fim de 2016.
"A Sejus está viabilizando a construção de novas unidades, estivemos esse mês no presídio de Campo Maior e as obras já estão bem avançadas, com previsão de inauguração nessa ano ainda", afirmou.