Franzé Silva descarta assumir secretaria no governo de W.Dias

Franzé Silva descarta assumir secretaria no governo de W.Dias

O deputado estadual eleito Franzé Silva (PT), em entrevista ao Jogo do Poder do Agora da Rede Meio Norte na tarde desta terça-feira (16), descartou assumir uma secretaria no 4º mandato do governador Wellington Dias. O ex-secretário de administração também falou sobre "redução da máquina administrativa", assunto bastante abordado durante campanha. 

Franzé, que concorreu pela primeira vez nesta eleição e foi eleito, afirmou que houve reconhecimento pelo trabalho desenvolvido à frente das secretarias de Fazenda e Administração.  "Acredito que a população, os eleitores do Piauí entenderam o trabalho técnico feito tanto na época da Fazenda quanto na Administração", disse.

De acordo com ele, o Piauí, apesar da crise, conseguiu manter folha de pagamento e sem deixar de receber investimentos.  "O ajuste fiscal na máquina pública, ele é muito complicado, é um processo complicado. Mas a população percebeu que o trabalho feito ali, junto com o Antonio Neto organizando as finanças do estado e depois na Administração aqui nessa gestão, fez com que o Piauí ultrapassasse aí esse período da economia piauiense, mantendo a folha de pagamento em dias, mantendo os investimentos e fazendo o estado transparente. Muito tem a se fazer ainda, mas nossa gestão foi bem assimilada pela eleitor, como a ação de alguém que pode indo para Assembleia contribuir ainda mais com o estado do Piauí", comentou. 

Questionado sobre os rumos da eleição para presidente, o petista defendeu a candidatura de Fernando Haddad e classificou o projeto de Jair Bolsonaro como "enigmático". "E agora temos a segunda fase da eleição, temos aí essa batalha de colocar o convencimento público diante de dois projetos, um projeto já vivenciado pelo Brasil, e um projeto que é um enigma. Isso que nós queremos colocar para o eleitorado. Não podemos colocar o nosso futuro, o futuro dos nosso filhos dentro de um plano de governo, e um candidato que quando você olha seu plano de governo como um todo, você não consegue entender como ele vai administrar esse país e que rumo ele vai dar, tanto nas áreas das políticas sociais, como da macro política”, criticou.

Sobre ir para Assembleia assumir o mandato de deputado ou continuar ajudando o governador, Franzé afastou a possibilidade, explicando que Wellington Dias poderá, especificamente nessa gestão, formar uma equipe mais técnica. 

“A conjuntura desse mandato é uma conjuntura totalmente diferente do mandato anterior, onde o governador foi eleito com uma minoria na Assembleia. Esse cenário novo agora coloca o governador numa comodidade de fazer um secretariado mais técnico,  a partir das pessoas das quais estão disponíveis dentro dos quadros do executivo, das universidades para que possa montar ali uma equipe que possa fazer os ajustes necessários para podermos atravessar ainda esse período, que é um período que não temos certezas dos rumos que vão ser tomados na macro economia brasileira”, comentou.

Franze cita o que de fato é preciso fazer relacionado a redução da máquina administrativa para o próximo ano. Como já adiantado por W.Dias, segundo ele, um dos mecanismos será através do uso da tecnologia.

“Nós deixamos ao sair da Administração, já quase pronto, o Piauí Conectado. Esse Piauí Conectado vai fazer com que a gente modernize muito a máquina administrativa, as cirurgias poderão ser feitas por telemedicina; a segurança, ela vai ter uma amplitude maior da segurança virtual, inclusive nas fronteiras; temos ali as condições da teleeducação ser ampliada ainda mais,inclusive nos moldes já utilizados pela Universidade Aberta do Piauí. Queremos fazer com que essa modernização, através da informática, possa diminuir e tornar mais eficiente a máquina pública", destacou. 

Segundo ele, o maior problema atual está relacionado, não ao número de comissionados, mas sim com a Previdência no Piauí. "Hoje nos temos no Piauí um dos menores índices de comissionados do Brasil. Esse não é nosso maior gargalo. O nosso gargalo está no processo de envelhecimento dos nossos servidores,. Hoje nós vivenciamos uma situação em que os servidores estão se aposentando e o estado não tem fundo e nem Previdência capitalizada, e sugere o déficit que nós comentamos durante todo o mandato, e que é o nosso maior gargalo. Nós precisamos sanar esse déficit para poder contratar mais servidores, isso vai precisar de se fazer uma engenharia nesse processo, porque hoje o déficit é crescente, na medida me que os servidores vão se aposentando, isso complica ainda mais as finanças do estado. Nós temos aí o processo de capitalização do Fundo de Previdência, através do Fundo de Investimento, colocando as terras no cerrado, colocando as terras em voluto no estado, colocando os prédios públicos. Nós temos que fazer uma remodelagem urgente. Acho que esse é o grande desafio nessa quarta gestão do Wellington Dias fazer o saneamento das contas públicas a partir do fundo Previdenciário”, explicou. 

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