A família do adolescente Ítalo Gonçalves, de 17 anos, que já tinha passagens pelo Centro de Educação Masculina de Teresina por atos infracionais e que foi encontrado decapitado às margens do rio Poti, na altura do bairro Monte Verde, na zona Norte de Teresina, está realizando buscas com objetivo de encontrar a cabeça do jovem.
A mãe está em estado de choque e diz que enterrou o filho com mais de 20 facadas pelo corpo sem a cabeça. "Quero que ele diga onde colocou a cabeça do meu filho para eu poder enterrar. Gente, é dor demais! Não queira perder um filho, não! Cuidem dos seus filhos, porque igual eu perdi o meu não quero esse mal para ninguém, nem para o meu pior inimigo", diz Maria Aparecida.
A família reside no bairro Poti Velho, na zona Norte. Maria Aparecida diz que pediu para que, no dia do crime, o filho não saísse de casa, o que não aconteceu.
"Eu disse:'Meu filho, eu posso pegar essa bicicleta?', ai ele disse: 'Sim, pode'. Eu disse:'Meu filho, não saia de dentro de casa', e aí ele disse que estava bom, que iria ficar. A última vez que eu vi meu filho foi de manhã, e aí surgiu a notícia de que ele estava como estava. Meu Deus, meu Jesus!", desabafou.
Segundo a família, Ítalo se envolveu com o mundo das drogas ainda quando tinha 13 anos. O menor já tinha passagens pelo Centro de Educação Masculina de Teresina, por atos infracionais. Ele chegou a cumprir medidas socioeducativas, era casado e pai de dois filhos.
Na última sexta-feira, o adolescente saiu de casa e não voltou mais. No sábado, a família foi informada de que um corpo, que poderia ser do menor, havia sido encontrado no rio Poti. A família foi até o IML, onde fez a identificação. Ítalo só foi identificado por conta das 10 tatuagens no corpo, e foi enterrado sem cabeça.