A casa das estudante funciona há cinco anos de forma improvisada na escola Estadual Presidente Vargas no bairro Macaúba zona sul de Teresina.
Na casa moravam 30 universitárias, porém pela falta de estrutura e medo da violência, agora apenas 15 delas moram no local. A universitária Grazieli Sousa fala de como elas improvisam e transformam salas de aula em quartos e cozinha.
“Aqui é um quarto, como nos colocaram aqui sem nenhuma estrutura, colocamos as camas aqui e nas estantes que era para colocar nossos livros, nós colocamos as panelas e mantimentos. Essa estrutura nunca foi adaptada para ser casa de estudante. Tem muita goteira aqui”, disse a estudante.
Um matagal se formava nos arredores da escola, depois de muita reclamação, a capina foi feita.
Os banheiros apresentam defeitos e algumas lâmpadas que funcionam no local são improvisos de familiares das alunas. O pai de uma delas fez instalações para que a escola fosse iluminada.
O serviço de vigilância da escola que funciona como casa começou a funcionar há apenas três meses, porque Grazieli, que representa todas as estudantes da casa, denunciou vários atos de violência praticados por vândalos, roubos e até tentativa de estupro.
“Nesse quarto, cinco bandidos armados entraram e a menina correu, e nos escondemos debaixo da cama até a polícia chegar”, disse Grazieli Sousa.
O Superintendente de Ensino Superior da Seduc, Carlos Alberto, uma reforma seria feita na escola que funciona como casa do estudante, mas por conta dos trâmites, ainda na foi feita.
“Eu estive lá visitando as meninas e graças a Deus a capina foi feita, a construtora foi chamada para retomada da obra e regularização da situação. Nós recebemos essa ‘herança’. Precisam ser feitas readaptações, a escola estava desativada, mas ela será reformada para atender essas estudantes. Será feita também uma discussão com os alunos de ensino superior porque a responsabilidade do Estado é com o ensino básico”, disse Carlos Alberto.