“Eu peço que me perdoe, estou arrependida”, diz acusada de maltratar criança surda e muda em Teresina

“Eu peço que me perdoe, estou arrependida”, diz acusada de maltratar criança surda e muda em Teresina

Depois de constatadas as agressões contra uma criança de apenas 4 anos de idade, aa polícia civil e a justiça caracterizaram previamente o crime como lesão corporal e violência doméstica. Os pais da criança foram liberados após serem levados para a Central de Flagrantes de Teresina. De acordo com o Delegado Jetan Pinheiro, que é gerente de polícia especializada, o Juiz errou em liberar o casal acusado, mãe e pai da criança, apontado inicialmente como padrasto pelo fato de não ter registado a garota.

“Eles alegaram a inocência e podem fugir, mas infelizmente foram liberados nessa audiência de custódia, o que na minha opinião não deveria ter acontecido. Até porque a criança tem lesões antigas, o que mostra que ela vinha sofrendo a bastante tempo”, disse Jetan Pinheiro.

Os acusados, Leila Daiane Silva de 25 anos e Erinaldo Nascimento da Silva de 34 anos foram liberados após Audiência Pública. A mulher conversou com exclusividade com a equipe do Programa Agora e  disse que está arrependida. “Eu estou arrependida de tudo, se eu pudesse voltar atrás eu tinha pensando mais. Eu fiquei desesperada porque o pessoal dizia que ela estava magra e ela estava sem querer comer e eu perdi a cabeça. Eu peço que a justiça me perdoe e me dê uma segunda chance para eu cuidar dos meus filhos. Meu esposo também está desesperado”, disse Leila Silva.

A acusada disse ainda que não tem conhecimento de que houve abuso sexual e ao ser questionada sobre um possível resultado positivo nos exames de conjunção carnal, ela não falou nada. Ainda ficou calada ao ser questionada sobre um corte na cabeça da filha.

A vítima continua internada no Hospital de Urgências de Teresina, o quadro clínico da criança é estável, mas as marcas físicas e psicológicas são muitas.  A polícia aguarda resultado dos exames que apontarão se houve conjunção carnal nos abusos sexuais, caso a suspeita seja confirmada, os acusados podem pegar até 15 aos de prisão.

O Conselho Tutelar acompanha o caso e pede a remoção da guarda dos pais. Informações apontam ainda que o objetivo da mãe era matar a criança aos poucos.

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