Com cartazes e rostos pintados os estudantes se concentraram na Praça da Liberdade, centro de Teresina. Eles pedem o fim da CMEIE (Comissão Municipal expedidora de Identidade Estudantil) e a validação das carteiras de estudantes expedidas pela AMES (Associação Municipal de Estudantes Secundaristas), no valor de R$ 10.
A CMEIE expede identidades estudantis no valor de R$ 22. Com esta carteira, os estudantes tem acesso à meia passagem em transportes coletivos de Teresina e pagamento de meia entrada cultural, em cinemas e eventos culturais da cidade. Ainda assim, a reclamação dos estudantes surge a cerca do alto valor cobrado pela entidade, além da busca pelo passe livre estudantil.
A Prefeitura de Teresina também precisa autorizar que o Setut (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina) aceite a validade de créditos a partir da carteira expedida pela AMES.
“As carteiras já valem, então o estudante que tirar a nova carteira não vai ter problema legal, com lei municipal, como a CMEI alega. A questão é que deve haver uma notificação da prefeitura para o Setut”, disse Eduardo Almeida, um dos estudantes a participar da passeata.
Os estudantes afirmam estar amparados pela lei federal que reconhece as entidades estudantis no Brasil. Para a presidente da AMES, Ilana Mota, o valor cobrado pela CMEIE é abusivo.
“A carteira é cobrada no valor de R$ 22, valor que não é repassado nem tem retorno para os estudantes, com retorno de cultura, em grêmios”, disse Ilana Mota.
A passeata foi a primeira organizada pelos estudantes, segundo eles, se não tiverem os pedidos atendidos podem tomar medidas mais drásticas.