Especialistas participam de debate e falam sobre casos de violência sexual

Especialistas participam de debate e falam sobre casos de violência sexual

A taxa de estupro está aumentando em todo o mundo. A razão de tal incremento na taxa de estupro é novamente o mesmo, as vítimas sentem vergonha de relatar tais casos. Casos de violência sexual no Piauí tem ganhado destaque nos últimos meses, seja contra crianças ou mulheres, o fato é que essa atitude pode trazer problemas diversos tanto para a família quanto para a própria vítima.

De acordo com a delegada Anamelka Albuquerque, a violência sexual é um dos crimes mais graves e que causam uma repulsa muito grande. “Todas as vezes que chegam uma denúncia dessa gravidade a gente busca todos os meios para tentar materializar aquele fato. O problema é que existe um trauma muito grande daquela vítima ter passado por aquilo e aquele tabu psicológico vai causar várias restrições na hora de um depoimento, ela tem toda essa sensibilidade para trabalhar aquela vítima e muitas vezes a maioria esmagadora das vezes não tem testemunhas, assim muitas vezes os vestígios se perdem porque eles são bem superficiais. É um fato que quando noticiado a gente tem que fazer os encaminhamentos para os exames periciais. Muitas vezes tem casos em que a vítima não tem a menor possibilidade de prestar  aquele depoimento até mesmo porque não tem idade e a gente precisa de um profissional que faça um acompanhamento, que nos forneça um relatório técnico para suprir esse depoimento de uma certa forma”, declarou ela.

“Infelizmente os números são expressivos, deixam a gente triste de 30 de abril de 2014 a 30 de abril de 2015 foram abertos o inquérito de 157 estupros de vulneráveis que é a idade de 14 anos para baixo, de estupro foram 18,  de favorecimento a prostituição foram 4 então são dados que não são só numeros, são vidas, mas temos que denunciar, existe onze formas de se demonstrar a violência não é só a questão de penetração. Temos que ter a coragem sair da inércia e denunciar, tem varias portas de entrada tem o disque 100, o conselho tutelar, é preciso cuidar da vitima em seguida formalizar essa denúncia”, afirmou o Conselheiro Tutelar Djan Moreira esclarecendo sobre o caso.

A psicóloga Kisley Urtiga também opinou sobre o caso. Ela declarou que a família tem um papel importante nesses casos. “A gente tem que olhar  pelo lado de que muitas vezes essa violência não acontece uma única vez aquela criança já estava sendo cercada, são pessoas que estão próximas da família ou até mesmo são da família. Para chegar nele é importante a gente conhecer o filho da gente, quando a família percebe as diferenças naquela criança tem que dar todo o acolhimento necessário para uma revelação como essa”, aconselhou a psicóloga.

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