A intensa participação de eleitores e população em geral nas redes sociais tem polarizado uma verdadeira 'guerra' sobre a temática eleições 2014.
Sobre esse assunto os especialistas Francisco Mesquita, cientista político e Orlando Berti, professor e estudioso em comunicação online, estiveram presentes no Programa Agora e destacaram alguns detalhes desse tipo de comportamento.
Segundo Francisco Mesquita o clima de competitividade entre os candidatos ao segundo turno das eleições 2014, Dilma Rousseff e Aécio Neves, tem gerado uma verdadeira divisão entre os eleitores, o que é normal. Porém a questão tem tomado grandes proporções quando lançadas em redes sociais. Francisco define os internautas em dois grupos distintos.
“A internet é um espaço gigantescos para se fazer debates e isso tem mudado o comportamento das pessoas. Eu diferencio dois grupos nesse tipos de participação: o grupo dos apaixonados que dissemina o ódio entre candidatos, e o grupo de debates que avalia as ideias de cada candidato. Na minha opinião, esse segundo grupo demonstra fazer bom uso da internet”, disse Francisco Mesquita.
Orlando Berti concorda que as redes sociais se tornaram nesses últimos meses um palco de guerra. Ele considera mais maléfica do que benéfica esse tipo de atuação.
“Esses fenômenos no âmbito de comunicação causam uma divisão e perspectivas negativas a cerca dos candidatos. Em nossos estudos constatamos que 85% dessas discussões são demonstrações de ódio, desses 45% são fakes com a finalidade de manchar a imagem de determinado candidato”, disse Orlando Berti.
Ambos os especialista informaram que quem dissemina essas ideias diretas não é um internauta comum, na maioria das vezes são pessoas que se dizem líderes de opinião são quem fazem essas manifestações pautadas na confiabilidade das pessoas.
“O que se coloca nas redes sociais tem um alcance mundial,por isso é importante ter bastante cuidado”, alertou Orlando Berti.
“O publico indeciso é aquele acompanha o debate mas não se identifica com nenhuma das propostas ou aquele que não dá tanta importância a política. Porém eu acredito que esse tipo de debate atinge mais os jovens, mas não atinge de modo geral a população indecisa”, finalizou Francisco Mesquita.
No Piauí a internet está mais concentrada em meios urbanos onde, segundo as pesquisas, a sociedade já definiu seu voto.