O deputado estadual Rubens Martins, em entrevista ao Jogo do Poder, afirmou que o MDB está sendo tratado como "sapo cururu" pelo deputado Assis Carvalho, do PT, se referindo as várias tentativas do então partido do presidente da Assembleia, Themistocles Filhos, de conseguir a vaga de vice na chapa de Wellington Dias.
“Sapo cururu, porque fica na porta da casa querendo entrar, e Assis Carvalho, do PT, chutando para fora remetendo para entrar. Está feito cururu, querendo entrar de qualquer jeito na [chapa] proporcional e o PT não aceita. É igual a um cururu que tenta entrar em casa, o PMDB [MDB] querendo entrar de qualquer jeito e Assis chutando”, disparou Rubens Martins,
O deputado também comentou da possibilidade de Átila Lira ocupar a vaga de vice na chapa da Luciano Nunes, pré-candidato ao governo do Piauí pelo PMDB.
“Eu estou sabendo agora dessa notícia. De qualquer forma, o deputado Átila Lira poderia ser grande vice em qualquer uma das chapas, pelo nome que tem, pelo trabalho que já exerceu E pelo cidadão correto que é. Mas isso estou sabendo agora. Eu fico muito feliz”, disser, ao ser questionado se seRIA viável:”Eu não sei...Eu acho que tudo é possível em política, tem tanta mudança. O PMDB não está querendo entrar a qualquer custo na chapa proporcional e o PT não aceita, pode ser que amanhã aceite”.
O deputado João Madson (PMDB), após encontro com o senador Ciro Nogueira, afirmou que agora está aguardando decisão do governador Wellinton Dias, se referindo a formação da chamada chapa proporcional.
“Na semana retrasada nós tivemos uma conversa com o governador, com todo o partido, e isso está nas mãos do governador. Nós não temos mais nenhum problema com o PP, e tivemos uma reunião muito proveitosa com o senador Ciro Nogueira na sexta-feira. Então não temos briga com o PP. Nós agora esperamos decisão do governador”, disse.
João Madson espera definição por parte do governador. Segundo ele, o MDB tomará posicionamento somente após decisão de W.Dias. “Mas precisamos que o governador defina a proporcional, inclusive que ele defende que seja todos coligados, uma coligação só. Mas nós temos visto o Partido dos Trabalhadores dizendo que não aceita, mas a gente quer ouvir do governador. Nós queremos ouvir do governador. Quando ele nos dizer que a tese dele não vai ser respeitada pelo partido dele, aí sim o PMDB [MDB] poderá se reunir e tomar seu posicionamento. Mas, nesse momento está tudo entregue ao governador e vamos esperar”, enfatizou.
Questionado sobre a escolha do vice para chapa do governador, o deputado resumiu em dizer que “está resolvido”. E acrescentou: “O problema maior são as nossas eleições, do deputado João Madson , do deputado Pablo Santos”.
O deputado reforça a alinça do MDB com o PT, de Wellinton Dias. “Nós queríamos que a coligação fosse todo mundo junto, que é isso que o governador defende, e o que nós defendemos também. O PMDB [MDB] só tem uma posição até o momento: votar no governador Wellinton Dias. Então nós não podemos falar sobre o achar, o que vai acontecer. Vamos ver o que vai acontecer da palavra do governador", disse.
Segundo a correspondente da Rede Meio Norte em Brasília, Samantha Cavalca, o principal empecilho para formação da proporcional é estadual, e não federal. Ontem, Marcelo Castro se encontrou o governador Wellinton Dias para tratar sobre o assunto, inclusive destacou que a prioridade do MDB no momento é a questão da coligação proporcional, e isso seria mais importante ainda do que a indicação da chapa de vice.
O deputado Assis Carvalho, no entanto, já adiantou que o PT não fará as “vontades” do MDB. O presidente da sigla no Piauí deixou claro que irá representar somente o Partido dos Trabalhadores.
Os deputados Júlio Acorverde e Assis Carvalho se encontraram em Brasília, justamente para tratar dentre outros assuntos, da chapa proporcional. Nessa reunião, segundo apurou Samantha, os dois chegaram a uma conclusão: ou o PT vem com o ‘capão’, ou o Progressistas vai sair com vários partidos.