O detento Nilson Guimarães, de 26 anos, que foi assassinado e teve seu corpo encontrado em um tambor de lixo na Casa de Custódia de Teresina, na manhã do dia 27, deu nome falso de Lenílson Pereira e por conta disso o corpo ainda está no Instituto Médico Legal (IML), onde segue desde o dia do crime aguardando a liberação.
Quando foi preso na Major César por causa dse um roubo, ele deu nome de Nilson Guimarães, que é o seu nome verdadeiro. Já na prisão pela morte de um detento que aconteceu no ano passado, ele deu o nome de Lenílson Pereira da Silva.
De acordo com Kleiton Holanda, presidente do Sinpoljuspi (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí), não é a primeira vez que detentos dão identidade falsa. “Nós tivemos o caso do preso Lucas que saiu com o nome de um outro, o Vicente. Os dois se encontravam no mesmo pavilhão e, logicamente, o Lucas sabia que o Vicente iria receber alvará. A facilitação ocorre porque não temos sistema biométrico para dar veracidade e para dizer se a pessoa é quem afirma ser”, disse.
Sobre o detento Nilson Guimarães, ele explica que essas duas identidades estão dificultando a liberação do corpo. “Essa precaridade, assim como ocorreu nestes outros casos, continua acontecendo. Nós pedimos a implantação de um sistema biométrico com a impressão digital, tanto para os visitantes como para os detentos”, acrescentou.
O corpo do Nilson continua no IML. A família aguarda a realização de exames para fazer a liberação. A Secretaria Estadual de Segurança informou que o problema teve início na Central de Flagrantes, onde o detento deu nome errado e foi para penitenciária com nome falso.