Comandante do 5º BPM é afastado após sumiço de R$ 300 mil

Comandante do 5º BPM é afastado após sumiço de R$ 300 mil

O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, major Flávio Pessoa, foi afastado após prisão de dois policiais do 5ºBPM acusados de desviar dinheiro recuperado no assalto do Banco do Nordeste (BNB), ocorrido terça-feira (19), na avenida João XXIII, na zona Leste de Teresina, onde a tesoureira da agência, que mora no bairro Aeroporto, zona Norte, foi mantida refém pela quadrilha na casa onde reside com mais 7 pessoas da sua família, incluindo três crianças. O subcomandante do 5º BPM também foi afastado.

De acordo com o Comando Geral da Polícia Militar, os dois policiais presos afirmaram, em depoimento, que a ordem para retirada do dinheiro da cena do crime, Banco do Nordeste, até a sede do 5ª Batalhão, teria partido do próprio comandante que está afastado até segunda ordem.

Os dois militares que estavam presos de forma administrativa, tiveram a prisão preventiva decretada. Por isso, foram transferidos para o Presidio Militar, no bairro Ilhotas, na zona Sul. Os dois policiais, se confirmado as acusações, serão excluídos da corporação, segundo disse ontem no Agora o secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu.

Elza Ferreira, relações públicas da Polícia Militar, declarou que o comandante Flávio Pessoa negou que tenha dado rodem para transferência do dinheiro.

“O comandante do 5º BPM, na versão dele, ele disse que não mandou. Ele disse que quando soube do dinheiro já estava no Batalhão. Tendo em vista essas duas versões, foi adotado o afastamento, mas isso não quer dizer que ele não possa retornar. Somente para as investigações serão adotadas todas as medidas, inclusive o inquérito policial já está sendo apurado”, esclareceu.

Conforme o Comando Geral, quatro policiais atenderam a ocorrência cercada de irregularidades.  A cena do crime não foi preservada, não houve isolamento da área. O dinheiro recuperado foi transferido para outro local, mas sem a presença de algum gerente ou delegado, autoridade maior.

O médico Antonio Nunes, chefe do Instituto de Criminalística, explica a importância da preservação do local do crime.

“A polícia ostensiva chega primeiro e faz a repressão se for o caso. Em seguida, isola após encerrado, digamos asasim, o 'teatro' daquelas operações. Terminou a ocorrência? Isola e chama a polícia judiciária, que chega e verifica o que é necessário de pericia, apreende aqueles objetos ou materiais que forem necessários, inclusive dinheiro, e envia para pericia ou a própria pericia pega no local e traz e é requisitada a pericia pelo delegado. É esse o caminho”, declarou.

Dos R$ 700 mil levados da agência do BNB, R$ 400 mil apareceram, mas R$ 294 mil ainda não foram localizados. A Corregedoria da PM-PI segue apurando o caso. Um outro inquérito já foi aberto para investigar o desaparecimento da quantia citada, de R$ 294 mil.

O desaparecimento também provocou o afastamento do comandante do 5º BPM, assim como do subcomandante.

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