Na edição do quadro Jogo do Poder, do programa Agora, desta sexta-feira (29/03), composto pelos jornalistas Amadeu Campos, Efrém Ribeiro, Arimatea Carvalho, Ananias Ribeiro e Samanta Cavalca. Os profissionais explanaram os principais pontos dos bastidores da política local e nacional.
Arimatea Carvalho: O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, disse que não viu vantagem na reforma administrativa aprovada pela Assembleia Legislativa, disse que ela é tímida, não cortou o que deveria ser cortado e que o corte no número de secretarias foi insuficiente. O presidente Júlio Arcoverde disse que também avalia a reforma como tímida e poderia ter sido mais efetiva do que esta.
Ananias Ribeiro: Isso me faz lembrar 2016, quando eu entrevistei o presidenciável Ciro Gomes, logo que o Michel Temer assumiu a presidência da República e colocou o PSDB dentro do governo. E eu perguntei ao Ciro até quando iria essa relação de PSDB com MDB, já que os dois tinham pretensões em ter candidato a presidente da República. E o Ciro Gomes respondeu: Napoleão diz que as suas principais derrotas vieram quando seus inimigos não revelavam seus interesses, então quando o inimigo não revela o seu real interesse é que provocou as derrotas de Napoleão. E ele fez essa alusão para dizer que, naquele momento, o PSDB não estava revelando ao governo os seus interesses de ter uma candidatura à presidência da República e estava fazendo uma aliança de conveniência naquele momento. Pois bem, o senador Ciro Nogueira na ânsia de se aproximar do governo Bolsonaro e ter parte do prestígio que teve no governo Dilma e no governo Temer busca agora, a partir destas suas ações junto ao governador Wellington Dias, marcar uma posição em busca desta aproximação e também em busca do projeto de 2022, quando ele já disse que o Progressistas terá um candidato a governador e pode ser até ele. Então, seja agora, em buscar de uma aproximação com o presidente Bolsonaro, ou em 2022, o senador vai terminar rompendo com o governador.
Amadeu Campos: Mas vamos lembra que ainda na eleição de 2014 o senador Ciro fez um acordo com o governador Wellington Dias de que o Progressistas apoiaria o PT, continuaria no processo em 2018, mas em 2022 o Progressistas tem candidato a governo.
Ciro Nogueira falou ao Jogo do Poder, sobre a reforma administrativa e disse que as críticas são construtivas. "Eu defendo sempre um Estado maior e mais enxuto, hoje nós temos uma dificuldade muito grande para manter a máquina pública e não sobra dinheiro para investimento. O governador Wellington Dias tem os números e tem a nossa confiança e é quem sabe o que deve acontecer no estado do Piauí, por isso que nós votamos a favor da reforma na Alepi, o que tenho dito é que não vamos condicionar a participação no governo para estar ao lado do governador, nós sempre estivemos ao seu lado, desde 2014.
Arimatea Carvalho: O Júlio Arcoverde disse que nunca esconderam do governador que terão candidato próprio em 2022, ou seja, não estão enganado ninguém em relação ao caminho que o Progressistas seguirá em 2022.
Amadeu Campos: Nesse cenário de 2022, o senador Ciro disse que o Progressistas terá candidato e ninguém descarta que poderá ser ele. Onde entra o Firmino na história?
Ananias Ribeiro: O prefeito Firmino Filho trabalha para ser este candidato, a eleição de Teresina é o passo primeiro que precisa ser dado, fazer o seu sucessor para viabilizar o cenário para 2022. E depois da eleição em Teresina certamente haverá um novo entendimento, uma nova conversa, hoje há uma proximidade, ela é visível em relação a Firmino e Ciro, mas para a eleição de 2022, isso tudo precisa ser acertado. O que estou querendo dizer com isso é que na eleição de 2022 ainda pode haver conflito entre Firmino e Ciro Nogueira.
Samanta Cavalca: O Progressistas deixa claro que terá candidato em 2022, o nome será o de Firmino ou o de Ciro. Quem sairá candidato será quem chegar melhor em 2022.