Após as rebeliões que resultaram em chacinas em Manaus e em Porto Velho, o Ministério da Justiça está em alerta para a possibilidade de confrontos entre facções criminosas em diversos presídios do Brasil, inclusive no Piauí.
No estado, um levantamento feito pelo sindicado dos agentes penitenciários aponta que a maioria das mortes em presídios são causadas por perfurações e choques elétricos. Em 2016, foram registradas 16 mortes de detentos.
De acordo com o vice-presidente do Sinpoljuspi, Kleiton Holanda, os presos usam ferros retirados da estrutura dos presídios para confeccionar armas brancas.
“O reboco da parede cai por si só e mostra os pedaços de ferro que seguram o concreto, com uma lamina de gilete eles cortam o material, fazem a ponta e utilizam, tanto para atingir outros presos, como também agredir os servidores”, afirmou Kleiton Holanda.
Ainda de acordo com o vice-presidente do Sinpoljuspi, devido o maior rigor nas buscas por materiais cortantes nos presídios piauienses, os presos podem ter mudado a forma como assassinam outros detentos.
“Como está tendo muita investigação sobre as mortes, eles estão tentando uma nova modalidade, que a gente tem suspeitas que eles podem estar eletrocutando outros presos”, afirmou.
De acordo com um mapa das facções nos presídios brasileiros, divulgado por uma entidade nacional que representa os agentes penitenciários, nas unidades prisionais do Piauí atuam 5 facções criminosas, são elas: o PCC e o Bonde dos 40, facções que atuam no país inteiro, e as facções regionais, que são: o Primeiro Comando de Campo Maior, Primeiro Comando de Esperantina e a Facção Criminosa de Teresina.