Caso Joana Darc: Delegado diz que vítima lutou contra acusado

Caso Joana Darc: Delegado diz que vítima lutou contra acusado

O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) delegado Francisco Costa, o Baretta, em entrevista ao Agora da Rede Meio Norte, falou sobre o assassinato da dona de casa Joana Darc, de 30 anos, morta a golpes de facão na frente do filho de apenas quatro anos na tarde de quinta-feira (31), na Vila Wall Ferraz, região do bairro Promorar, zona Sul de Teresina. O marido da vítima, Pedro Amilton Silva, foi preso e confessou o crime.

De acordo com o delegado Baretta, Joana Darc travou luta corporal com Pedro Amilton na tentativa de sobreviver, mas acabou atingida com golpes de facão, não resistiu e morreu. 

“Há sinais característicos de luta corporal dentro do quatro, provando que ela e ele entraram em luta e essa luta em defesa da vida dela. É tanto que você pode ver as marcas nos braços, nas pernas onde tem mecanismo de defesa. Agora você veja bem, um indivíduo desse, que já é um homem avantajado em relação a mulher, e usando nada mais nada menos que um facão. Ele não usava um canivete, que já era fatal, então imagine um facão que você ver que é uma arma bem afiada, desferindo golpes contra a mulher como se desfere contra um pedaço de madeira, um pedaço de pau”, declarou o delegado. 

A Polícia Civil vai investigar se o casal teve relação sexual antes do crime. A vítima era diarista, tinha 30 anos e se relacionada com o acusado há cerca de um ano. Ela chegou a se separar por conta de brigas e agressões físicas. 

Após ser preso, o acusado de matar a própria esposa quase foi linchado por familiares da vítima e por moradores da região. Em um vídeo, Pedro Amilton aparece sendo agredido com  socos e muitos pontapés. 

“Uma vez ela falou para mim que estava separada dele porque muitas vezes ele ficava agressivo com ela, principalmente quando bebia e por isso ela disse que não queria mais ele. Eu fui na casa dela, cheguei lá encontrei ele, e aí ela disse que estava conversando com ele para saber se dava certo para votar. ‘Caso ele não mude, eu não quero mais’, então se ele não queria mais, por que ele não deixou ela viver a vida dela?”, contou uma amiga. 

Com exclusividade, a equipe do Bom Dia Meio Norte, conseguiu conversar com o acusado na Central de Flagrantes de Teresina. Ele afirmou que praticou o feminicídio porque desconfiava que estava sendo traído.

Além disso, alegou ter aplicado somente duas perfurações e saído de casa. “O pessoal escutou o grito dela e chamou a polícia. Ela disse que me traiu e eu matei ela.  Eu me arrependo de ter feito isso. Não resolve nada eu ter feito isso”, afirmou o acusado.

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