No dia de ontem aconteceu na 1ª Vara da Infância e da Juventude, no Tribunal de Justiça do Piauí, uma audiência que foi coordenada pela juíza Maria Luisa de Moura Freitas. Nessa audiência ficou decidido que a criança que foi agredida pelo próprio pai e levou uma mordida tendo o lábio inferior arrancado vai pertencer a uma outra família.
O caso ganhou repercussão nacional. Em abril desse ano a criança foi levada em estado grave para o hospital do bairro Promorar pela mãe sem o lábio inferior, de acordo com a denúncia, com as investigações da polícia o responsável por esse crime foi o próprio pai que não acreditava na paternidade. O bebê ficou internado até agosto desse ano, passou por várias intervenções e já consegue se alimentar.
De acordo com a juíza, a população esperava essa resposta. “Tudo que ocorre na Justiça da Infância e da Juventude ocorre em segredo de justiça, no entanto esse caso tornou-se público , existe um crime e não tem como a gente não prestar uma informação à população até porque eu considero que teve um final feliz, essa criança saiu do risco e ela agora passa a ter uma família”, afirmou.
Segundo a juíza, a criança passou por várias cirurgias e já consegue se alimentar normalmente. “Antes ele estava com uma sonda, mas agora já foi retirado”, completou.
Maria Luisa informou que dentro da família ninguém poderia ficar com a criança e a mãe não se apresentou para reivindicar a maternidade. “Foram feitas investigações através da nossa equipe, medida disciplinar que verificou a situação da família, se existia um parente que mantivesse com essa criança algum vínculo, mas não foi encontrado e as pessoas que foram encontradas não tinham como receber e dar uma melhor vida para essa criança do que o abrigo ou na situação que ela estava, então nós disponibilizamos para adoção e hoje está com uma família que a acolheu com amor e dedicação, a gente sentiu todo o carinho e felicidade que foi o ato de entrega ontem. Nos relatórios se chegou a conclusão de que seria um risco a criança voltaria para a vulnerabilidade social ao qual ela se encontrava antes caso não fosse adotada, o pai está preso e a genitora não compareceu para reivindicar qualquer direito que ela possa achar que tem”, finalizou.