Ausência de exame de DNA no IML de Teresina resulta na impunidade e aumento no número de estupros

Ausência de exame de DNA no IML de Teresina resulta na impunidade e aumento no número de estupros

Casos e mais casos de estupros são registrados através de vídeos ou pelos relatos das vítimas e testemunhas. No entanto, quase sempre, os acusados conseguem sair da cadeia ou até mesmo se livrar do processo. Isso se dá em sua maioria pelo mesmo motivo: falta de prova física concreta através da realização de um exame de DNA específico dos vestígios deixados pelos criminosos.

Os médicos legistas do IML (Instituto Médico Legal) de Teresina, não tem recursos para realizar esse tipo de exame.

Os dados sobre estupro no Piauí são alarmantes, de janeiro até julho de 2014, cerca de 280 mulheres vítimas de estupro deram entrada no Sanvis, serviço que atende vítimas na maternidade Dona Evangelina Rosa em Teresina. Na maioria dos casos é membro ou alguém próximo da família.

O presidente do Grupo de Amigos da Vida, sabe das consequências da impunidade que favorece os estupradores. Por isso pede ao atual governo estrutura adequada para que o exame de DNA seja realizado em Teresina.

“Quando acontece um caso de repercussão o exame é feito fora, mas na maioria dos casos não tem como isso ser feito. Pedimos que o governador veja a situação do IML para que esse exame seja feito aqui”, disse Miranda Neto.

Ele mostrou um mandado de prisão onde o acusado é um empresário de União, acusado de estuprar dois irmãos, um de 9 anos e outro de apenas 4. O mandado que ainda não foi comprido foi assinado pala juíza de direito Elfrida Costa Belleza Silva. O caso corre em segredo de justiça. Pode-se então observar como está a realidade desses casos hoje no Piauí.

“O Ministério Público oferece a denúncia, quando chega no judiciário, são pedidas provas. Muitos estupradores ficam impunes pela falta de provas, por conta da não realização de exame de DNA”, disse Miranda Neto.





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