Acusado de matar jornalista em acidente tem julgamento suspenso

Acusado de matar jornalista em acidente tem julgamento suspenso

Na agenda do Fórum Criminal de Teresina um julgamento histórico: pela primeira vez um crime de trânsito ocorrido no Piauí teria julgamento popular. O jornalista Júlio César Galvão morreu após ter seu carro modelo Gol atingido uma por uma F-250 conduzida por Everaldo Ralfa de Sousa na avenida Henry Wall de Carvalho, na zona Sul, no dia 23 de junho de 2006. Everaldo, segundo conta, fugiu do local sem prestar socorro à vítima.

Everaldo foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado doloso [com intenção de matar]. Depois de duas tentativas negadas por Tribunais diferentes, a defesa do acusado de matar o jornalista Júlio César Galvão conseguiu evitar que o réu fosse julgado.

Uma liminar assinada pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí mandou suspender a sessão, minutos antes do início. O documento chegou ao 1º Fórum Criminal pouco antes do julgamento que aconteceria no Tribunal do Júri.

O juiz Antônio Nollêto teve que suspender a sessão e Everaldo nem chegou a sentar no banco dos réus e nem deve fazê-lo enquanto estiver em vigor o documento que determinou a suspensão.

Depois de 11 anos em busca de justiça, a mãe de Júlio, hoje com 75 anos, não quis comentar a decisão desta manhã. Ela fez um apelo. “Eu não esqueço, é uma dor que não tem fim. Eu vou levar essa dor para minha sepultura, tenho muita saudade”, disse.

O advogado de defesa, Acilmar Pinheiro, contesta essa decisão por se tratar de um julgamento tão esperado ao longo de mais de 10 anos. Confira a entrevista ao vivo no Agora da Rede Meio Norte"

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