Nesta sexta-feira (25), a senadora Regina Sousa (PT) esteve no Agora falando sobre temas relacionados à política, no âmbito nacional e regional.
A senadora comentou os últimos episódios que resultaram na saída dos ministros Marcelo Calero, da Cultura, e Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo. Para ela, a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu o impeachment por "muito menos”.
"É o sexto ministro do Temer que cai em 7 meses de governo, é quase um por mês. Por muito menos fizeram o que fizeram com a Dilma, no governo dela não teve essa sucessão tão rápida de escândalos. Isso não bateu na porta do presidente, entrou na sala dele. O Calero fez gravações do Temer pressionando ele, eu duvido muito que vazem, a da Dilma vazou. A saída do Geddel foi para salvar o Temer, mas, se apertar ele ainda tem muito a prestar conta com a população”, afirmou.
Sobre a proposta que pretende anistiar de políticos e partidos dos crimes de caixa dois, a senadora afirmou ser contra e classificou a discussão como uma tentativa do governo de tirar o foco do pacote anticorrupção proposto pelo Ministério Público Federal.
"A posição do PT é muito clara, é contra essa anistia porque muita gente já foi castigada por isso. Isso é uma manobra que o governo tem feito, estão botando um jabuti em uma coisa que não tem nada a ver. Lá são as medidas contra a corrupção que a Dilma inclusive mandou um pacote em 2015, que era muito mais avançado”, afirmou.
Aliança com o PMDB
A parlamentar comentou a aliança entre PT e PMDB que esteve sendo discutida no estado pelo governador Wellington Dias e por lideranças do PMDB no Piauí. De acordo com ela, é preciso ter cautela com esta aliança.
"Nós demos opiniões como pessoas do partido porque não era uma aliança com o partido, era mais uma aliança de governo.Quem arquitetou tudo contra a Dilma em nível nacional foi o PMDB de dentro, usufruindo do governo e arquitetando contra ela. Então, a gente tem todo o direito de desconfiar. Se o governador fizer a aliança, eu torço que de certo, que eles não façam o que os outros fizeram. Como tem dois anos, sei la que quando chegar no segundo semestre de 2017 ou em 2018 na hora de montar a chapa, qualquer coisinha que não for cedida e motivo para se retirar”, pontuou.