A APPM divulgou um levantamento que mostra que 170 municípios piauienses estão à beira da falência, principalmente por conta de dívidas trabalhistas. Por conta de uma nova regra, os valores das parcelas da dívida sofreram reajustes consideráveis.
Em Amarante, por exemplo, só a dívida com precatórios trabalhistas compromete 40% da receita da cidade. O prefeito da cidade, Diego Teixeira, afirma que tem feito arranjos para manter os pagamentos em dia, especialmente a folha de pagamentos.
"Os gestores anteriores pagavam R$ 35 mil de precatórios e agora veio uma nova decisão e eu vou ter que pagar R$ 285 mil. A gente faz um arranjo para honrar, manter os pagamentos em dia, principalmente a folha de servidores e é muito difícil”, afirmou.
O aumento no valor das parcelas nas dividas dos municípios é uma exigência do Governo Federal para a adequação à emenda que prevê um novo prazo para que os entes federativos paguem os seus débitos até o ano de 2020. Com isso, 40 dos 172 municípios com débitos trabalhistas tiveram reajuste nas parcelas.
Em Campo Maior, a divida é de R$ 20 milhões e a parcela subiu de R$ 50 mil para 460 mil por mês. Já em Currais, o valor da parcela subiu de R$ 25 mil para R$ 115 mil, que representa o valor total de um dos repasses do Fundo de Participação.