Em audiência pública conjunta no Senado Federal, nesta quarta-feira (20), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou que o maior desafio do governo é consolidar a segurança alimentar no país.
“Tiramos o Brasil do Mapa da Fome, mas precisamos tirar a fome do mapa do Brasil. Só se faz isso com a superação da pobreza”, afirmou.
Foco no combate à pobreza
A reunião envolveu as comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), de Assuntos Sociais (CAS) e de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), com debates centrados em ações de combate à fome e à pobreza.
“O Brasil saiu do Mapa da Fome. E agora? Então, estamos trabalhando para que o Brasil nunca mais volte”, reforçou o ministro.
Estratégias do MDS
Wellington Dias explicou que a estratégia do MDS combina assistência social, geração de renda e estímulo ao empreendedorismo.
“Estamos trabalhando com um modelo em que as pessoas que ingressam no Bolsa Família, por exemplo, não voltam mais para a extrema pobreza. Trabalhamos com o estímulo aos cuidados, com a proteção social, básica e especial, mas também com o estímulo ao emprego e ao empreendedorismo”, disse.
Segundo ele, em 2024, “o saldo positivo de emprego foi de 98,8% do público do CadÚnico”. Ainda assim, destacou a necessidade de ampliar ações voltadas para inclusão produtiva e apoio ao pequeno negócio.
Reconhecimento no Senado
O presidente da CAS, senador Marcelo Castro (MDB-PI), elogiou os avanços da gestão.
“Quero parabenizar o ministro e o governo do presidente Lula por terem alcançado, pela segunda vez na nossa história, o feito de tirar o país do Mapa da Fome. Quem é de região pobre, como eu, onde muitas pessoas passavam fome, sabe que a luta contra a pobreza é a meta mais importante que um país pode ter”, declarou.
Avanços e novos debates
De acordo com Wellington Dias, já são 15,5 milhões de pessoas do Cadastro Único e do Bolsa Família inseridas no mercado de trabalho desde janeiro de 2023.
Outro ponto tratado foi o PL 715/2023, que garante aos trabalhadores rurais temporários, os chamados safristas, a possibilidade de receber sua remuneração sem perder benefícios sociais, como o Bolsa Família. O ministro sinalizou abertura ao diálogo, embora tenha ponderado sobre o impacto da proposta no orçamento federal.
A audiência contou também com a presença de secretários e dirigentes do MDS, entre eles Osmar Júnior, Lilian Rahal, Valéria Burity, Luiz Carlos Everton, Laís Abramo e Rafael Osório.