Por Francy Teixeira.
Com mais um recorde diário no número de mortes, o governador Wellington Dias (PT), que coordena o Fórum dos Governadores do Brasil, voltou a defender um lockdown nacional na sexta (26). A possibilidade, no entanto, parece cada vez mais distante do radar, tendo em vista que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde Marcelo Queiroga demonstraram uma posição contrária à medida.
Dias pontuou, em entrevista ao canal Globo News, que o país continua em uma situação de colapso na saúde e que há mais de 6 mil pessoas aguardando leito nos hospitais, um dado que explicita o momento delicado enfrentado por todos os entes federativos.
"A situação no nosso país é muito grave, quando falamos que seis mil pessoas estão na fila aguardando um leito, essas seis mil pessoas estão sem respirar. Hospitais de todo o país estão ficando sem respiradores. Pessoas que precisam de ajuda por outros problemas de saúde, seja trombose, problema no coração, cirurgias sendo adiadas, entre outros, não encontram uma vaga para serem tratados. Essas pessoas também estão morrendo".
No Piauí, o governador antecipou feriados e tomou uma série de medidas para que nos próximos dez dias a circulação de pessoas seja a mínima possível,com isso, a esperança é que haja uma redução efetiva na transmissibilidade do coronavírus. "Nós tomamos medidas preventivas e mais duras de lockdown porque isso permite o fôlego para nós que estamos comandando os estados enquanto a população toda não é imunizada. Essas medidas podem dar uma ajuda enquanto avançamos na vacina. O Brasil precisa de ajuda e a ajuda é a vacina, e todo o país precisa acreditar e fazer sua parte", pontuou.