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Wellington Dias é escalado para campanha pró-Jorge Messias e crava: “Temperatura está baixando”

A mobilização envolve figuras centrais do governo Lula, entre elas o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e os ministros Fernando Haddad (PT), Wellington Dias (PT), Paulo Teixeira (PT) e Simone Tebet (MDB).

Wellington Dias está ajudando Jorge Messias na luta pela aprovação ao STF. | Foto: AGÊNCIA SENADO/AGÊNCIA BRASIL
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A indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal ganhou nova intensidade nas últimas semanas, com uma ofensiva silenciosa de auxiliares do Palácio do Planalto. Segundo O Globo, ministros passaram a intensificar o diálogo com senadores diante do crescimento das resistências ao nome do atual advogado-geral da União.


MOVIMENTAÇÃO NO GOVERNO

A mobilização envolve figuras centrais do governo Lula, entre elas o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e os ministros Fernando Haddad (PT), Wellington Dias (PT), Paulo Teixeira (PT) e Simone Tebet (MDB). Eles têm buscado conversas individuais com parlamentares, por telefone e em reuniões reservadas, para defender a trajetória jurídica de Messias e reforçar que sua presença no STF seria importante para o equilíbrio interno da Corte.

Os esforços concentram-se especialmente em setores do Centrão e da direita, grupos que hoje abrigam as maiores resistências. Entre as preocupações manifestadas por senadores está o temor de que Messias adote postura semelhante à de Flávio Dino, cuja atuação em ações sobre transparência das emendas provocou desgaste com o Congresso. Integrantes do governo, porém, afirmam que essa leitura é equivocada e repetem que Messias tem perfil dialogado e flexível. O AGU, por sua vez, não se pronunciou.


ESTRATÉGIAS PARA ALCANÇAR VOTOS

Haddad tem buscado interlocutores com quem manteve debates na agenda econômica, enquanto Tebet atua junto à bancada do MDB. Alckmin, de maneira discreta, tenta alinhar os quatro senadores do PSB.

Em meio ao ambiente tenso, Wellington Dias avalia que o clima no Senado começa a se acomodar. “A temperatura está baixando. Um ponto positivo é que todos têm grande respeito e reconhecem seu preparo para a missão”, afirmou.


ADIAMENTO DA SABATINA

A decisão de adiar a sabatina, que ocorreria nesta semana, foi vista dentro do governo como um movimento positivo. A expectativa é de que o intervalo ajude a reduzir desgastes entre o presidente Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), cuja relação se deteriorou após a escolha de Messias. Alcolumbre defendia o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o que criou ruídos com aliados. A situação se agravou com o rompimento entre Alcolumbre e o líder do governo, Jaques Wagner (PT), após divergências sobre a data de formalização da indicação.

A suspensão foi anunciada enquanto Messias visitava o gabinete do senador Omar Aziz (PSD-AM). Ele acompanhou a leitura da decisão sem demonstrar reação. Aziz reforçou que as resistências têm origem política, não pessoal.


CLIMA DE INSTABILIDADE

Para o ministro Paulo Teixeira, o impasse está diretamente ligado ao ambiente turbulento do Senado. “Ninguém critica a formação do Messias. O que existe hoje é problema no ambiente político. Há uma agitação que precisa ser superada”, avaliou.


PRÓXIMOS PASSOS

A articulação continuará ao longo dos próximos dias, enquanto governo e Senado tentam recompor pontes para viabilizar a votação do nome de Jorge Messias no plenário.

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