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Wellington Dias diz que mudança no Bolsa Família não tem 'nada a ver' com ajuste fiscal

As declarações foram feitas antes do lançamento do programa “Acredita no Primeiro Passo”, realizado no Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife.

Wellington Dias diz que mudança no Bolsa Família não tem 'nada a ver' com ajuste fiscal | Foto: Reprodução/Instagram
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Durante visita ao Recife nesta sexta-feira (16), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT), comentou as mudanças nas regras do Bolsa Família para beneficiários que ultrapassam o limite de renda exigido pelo programa. Segundo ele, a redução do prazo de permanência de 24 para 12 meses não tem relação com a política de ajuste fiscal.

— Nada a ver com ajuste fiscal. Nós queremos que o Brasil supere a pobreza. A economia [de recursos] é consequência disso. Quando uma pessoa deixa de receber o Bolsa Família e passa a ter renda própria, ela se torna consumidora, movimenta a economia. O social agora é parte estratégica do econômico — declarou o ministro em coletiva à imprensa.

A mudança foi oficializada por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira (15) e começa a valer em junho. A nova regra se aplica apenas a novos beneficiários do programa.

Atualmente, cerca de 4 milhões de famílias estão em situação de transição, com renda per capita acima de R$ 218, mas ainda dentro do limite de R$ 706, que define a permanência temporária no programa.

— Quando a renda da família cresce, seja porque outra pessoa passou a trabalhar ou por outro motivo, ela entra em um período de transição que agora vai até 12 meses. Se depois disso a renda ultrapassar R$ 706 por pessoa, ela deixa de receber o benefício, mas continua no CadÚnico. Se perder o emprego, por exemplo, pode retornar com prioridade — explicou.

As declarações foram feitas antes do lançamento do programa "Acredita no Primeiro Passo", realizado no Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife. A iniciativa oferece linhas de crédito para microempreendedores inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), em parceria com o Banco do Nordeste.

Segundo Wellington Dias, desde o início do programa, em julho do ano passado, cerca de 28 mil pessoas foram beneficiadas em Pernambuco — sendo 5 mil no Recife. Do total, 70% são mulheres.

— De um lado, temos o compromisso de tirar o Brasil do mapa da fome, mas também de garantir dignidade e superar a pobreza com geração de renda e oportunidade — concluiu o ministro.

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