Wellington Dias dispara sobre vacina russa:“Alguém está mentindo”

O governador piauiense esteve reunido nesta terça-feira (27) com técnicos russos do Instituto Gamaleya

O governador Wellington Dias reagiu à rejeição da Sputnik pela Anvisa | Regis Falcão
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Por Francy Teixeira

A rejeição dos diretores da Anvisa, por unanimidade, pela importação da vacina russa Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya, provocou surpresa em boa parte dos governadores. Com a aplicação do imunizante em 62 países, sem o indicativo de efeitos colaterais graves, os chefes estaduais esperavam o aval, porém, não obtiveram. 

Líder do Consórcio Nordeste, o governador Wellington Dias (PT) afirmou que foi "presença de adenovírus replicante na vacina", o que seria uma "uma não-conformidade grave", sinalizando que esperava-se um veto ou restrições por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas não uma completa desqualificação da vacina. 

"A Anvisa está dizendo que a vacina inteira não presta, que ela é perigosa e que representa um risco para o ser humano", disse o governador piauiense. 

Ainda nesta linha, o coordenador da temática vacina no Fórum dos Governadores, sinalizou que "alguém está mentindo". Nisso, lembrou que a vacina inclusive deve ser incorporada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "A vacina é feita pelo maior e mais antigo centro de pesquisa do planeta, o Instituto Gamaleya. Foi aprovada pelas agências de 16 países, entre eles a Rússia, a Argentina e o México. Está sendo aplicada em mais de 60 países e a OMS deve incorporá-la ao consórcio mundial de vacinas. Mas a Anvisa diz que ela é extremamente arriscada. Alguém está mentindo", frisou. 

O governador Wellington Dias reagiu à rejeição da Sputnik pela Anvisa (Foto: Regis Falcão)

Wellington Dias pontuou que caso realmente a Anvisa tenha encontrado falhas graves, precisa 'alertar o planeta', tendo em vista o uso da Sputnik em dezenas de nações. 

"O Brasil precisa alertar o planeta. O governo brasileiro tem que fazer comunicado aos outros países e à OMS sobre o risco que a Sputnik V representa para a humanidade, segundo a Anvisa. A agência não é um centro de ciência e pesquisa. Mas apontou impurezas, falhas em regras de higiene e disse que não há monitoramento para comprovar a eficácia e a segurança da vacina. É grave", finalizou. 

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