O ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) contestou a conclusão do inquérito da Polícia do Paraná, que apontou para a inexistência de motivação política no assassinato do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, o guarda municipal Marcelo Arruda.
O político piauiense, que é um dos articuladores da pré-campanha presidencial de Lula, defendeu que o caso seja federalizado. O petista viu com estranhamento o encaminhamento da conclusão. "Tudo estranho, mas ninguém pode negar tivemos um assassinato dentro de uma residência num aniversário e claramente tem aí todo um viés do clima eleitoral, de toda essa propagação de ódio, infelizmente", disse.
Wellington Dias defendeu uma investigação isenta, para que haja um tratamento exemplar, de modo que o clima de violência não se alastre pelo país. "O que tem de estranho? Estranho essa conclusão quatro dias antes, sem aceitar, ouvir o pedido da família para que pudesse apresentar testemunhas; o pedido do Ministério Público para apresentar testemunho, tudo isso realmente não é só estranho, isso aqui fragiliza o trabalho feito, que se espera assim com seriedade, por parte dos profissionais que trabalhavam nesse inquérito. Por essa razão, é que insistimos que seja tratado como crime federal para que a gente tenha as condições de uma investigação isenta e que ela possa ter aí um tratamento exemplar pra evitar que se espalhe pelo Brasil".
Por fim, ele fez um chamamento à pacificação no período eleitoral. "É preciso a paz, a harmonia, equilíbrio. É tudo que precisamos. Pela eleição não apenas pela eleição. Pelo Brasil", complementou.